A época de atletismo já começou há alguns meses mas vários atletas de elite ainda não regressaram totalmente à competição ou foram forçados a fazer pausas devido a lesões.
Lesões são capazes de alterar a trajetória até mesmo das carreiras mais brilhantes num instante, e tal foi sempre evidente. Por exemplo, nos JO de Paris, a jamaicana Shericka Jackson foi forçada a desistir dos seus sonhos devido a uma lesão. Também a sua compatriota Kishane Thompson foi vítima de lesões.
Neste artigo, a Pulse Sports Kenya analisou cinco atletas que já enfrentaram lesões neste início de época.
1) Noah Lyles
Noah Lyles deu início à sua época ao ar livre no Tom Jones Memorial, competindo na estafeta 4×100 m e nos 400 m.
Ele foi escalado para competir nos 150 m nos Jogos da Cidade de Atlanta mas falhou devido a um tornozelo rígido e uma pequena lesão.
Desde então, a lesão obrigou Noah Lyles a abandonar as primeiras competições ao ar livre para se concentrar na recuperação. Ele está previsto competir no Meeting de Londres da Liga Diamante, em julho.
2) Letsile Tebogo
Letsile Tebogo teve um ótimo começo de época ao ar livre, começando com uma série de provas de 400 m antes de se estrear nos 200 m no Botswana Golden Grand Prix, onde venceu.
Ele competiu depois nos 100 m do meeting de Xiamen da Liga Diamante, onde falhou o pódio, mas recuperou e terminou em terceiro lugar em Keqiao.
O atual campeão olímpico dos 200 m venceu depois os 200 m no meeting de Doha da Liga Diamante, antes de se lesionar no Meeting de Rabat.
Letsile Tebogo publicou uma mensagem no seu perfil do Instagram, revelando que está a lutar contra uma lesão recorrente. Ele havia terminado em nono lugar nos 100 m e desistido dos 200 m.
3) Jakob Ingebrigtsen
Jakob Ingebrigtsen tem sido uma ausência notada nos meetings ao ar livre, após a sua exibição dominante nas provas na pista coberta.
O campeão olímpico dos 5.000 m esteve impecável e permaneceu invicto em todas as suas provas na pista coberta, encerrando a campanha com uma vitória nos 1.500 m e 3.000 m no Campeonato Mundial de Pista Coberta.
No entanto, ele foi forçado a adiar a sua época ao ar livre após sofrer em maio, uma distensão no tendão de Aquiles. Tal, afetou não só a sua primeira prova ao ar livre, como também o forçou a adiar o seu estágio de treino.
Ele estava confirmado para os Jogos Bislett (12 de junho) e Ostrava Golden Spike (24 de junho), mas desde então, retirou-se de ambos os eventos.
4) Keely Hodgkinson
A atual campeã olímpica Keely Hodgkinson não corre desde que ganhou o ouro nos 800 m nos JO de Paris.
Ela queria abrir a época no evento com o seu nome, Keely Klassic, mas foi forçada a adiar a abertura da época para uma data posterior.
Em meados de fevereiro, a medalhada de bronze mundial dos 800 m sofreu uma rutura de grau 3C no tendão da coxa no treino final para a competição inaugural Keely Klassic. Ela tinha então como objetivo, bater o recorde mundial em pista coberta.
Keely Hodgkinson expressou a sua deceção, mas deixou o contratempo para trás e está a preparar-se para a época ao ar livre.
5) Sharlene Mawdsley
Sharlene Mawdsley começou a sua época de 2025 na pista coberta e esperava competir no Campeonato Europeu de Pista Coberta e, mais tarde, no Campeonato Mundial de Pista Coberta, especialmente depois de uma ótima campanha.
No entanto, ela sofreu no início de março, uma leve rutura no tendão da coxa durante o aquecimento no Campeonato Europeu de Pista Coberta e foi forçada a retirar-se das eliminatórias dos 400 m, apesar de ter participado na estafeta mista 4×400 m.
Ela parou e voltou para o Mundial de Estafetas, onde, felizmente, tanto a estafeta 4×400 m como a estafeta mista em que participou, se classificaram para o Campeonato Mundial em Tóquio.
No entanto, ela tem lutado para se firmar nas suas provas individuais, sendo a última delas no Grand Slam Track, na Filadélfia.
Ela também enfrentou outro grande revés quando perdeu o seu pai Thomas (Tucker) Mawdsley, que faleceu no dia 3 de junho, aos 67 anos.