Duas americanas à frente nos obstáculos!
A grande sensação do dia deu-se nos 3000 m obstáculos femininos, com os dois primeiros lugares a ser ocupados por… duas norte-americanas, à frente de quatro atletas de origem queniana! Com uma forte reta final, Emma Coburn, 3ª nos Jogos do Rio, ganhou com um recorde pessoal de 9.02,58 (antes: 9.07,63), à frente de Courtney Fredericks, 11ª nos Jogos, que melhorou o recorde pessoal por mais de 15 segundos (!) para 9.03,77. Fechou o pódio a campeã mundial de 2015 (e vice olímpica) Hyvin Jepkemoi, com 9.04,03. E no 4º lugar ficou Beatrice Chepkoech, 4ª nos Jogos, e que, completamente distraída, não virou para a vala de água numa das voltas iniciais e quando deu conta voltou atrás e perdeu muitos metros! E, depois, ainda chocou com uma adversária e se desequilibrou… Gastou 4.10,45, ficando ainda à frente da recordista mundial e campeã olímpica Ruth Jebet (agora do Bahrein).
Pawel Fajdeck no Martelo
Já no martelo, não houve surpresa e o polaco Pawel Fajdeck conquistou o seu terceiro título mundial consecutivo, “limpando” a não qualificação para a final olímpica de há um ano. Lançou 77,09 no 2º ensaio, 79,73 no 3º e 79,81 no 4º (e ainda 79,40 no 5º), num total de três lançamentos melhores que a marca do segundo classificado, o russo Valeriy Pronkin, que no último ensaio, com 78,16, ultrapassou outro polaco, Wojciech Nowicki, que já fora terceiro no Mundial de 2015 e nos Jogos de 2016 e agora lançou 78,03.
Brittney Reese no Comprimento
Na primeira final da noite, mais duas medalhas para os Estados Unidos. Brittney Reese, já três vezes campeã mundial (2009, 2011 e 2013) e campeã olímpica em 2012, ganhou o quarto título, com apenas dois saltos válidos: 6,75 no 1º (era 2ª) e decisivos 7,02 no 3º. A russa Darya Klishina foi em crescendo até à medalha de prata: 6,78 no 1º ensaio (era líder), 6,88 no 2º, 6,91 no 4º e 7,00 no 5º. O pódio ficou completo no último ensaio, quando a norte-americana Tianna Bartoletta, campeã mundial em 2005 e… 2015, saltou 6,97 e ultrapassou a sérvia Ivana Spanovic, que fora terceira em 2013 e 2015 e agora falhou por um centímetro aquela que seria a sua terceira medalha de bronze consecutiva.
Dafne Schippers nos 200 m
E, a fechar a jornada, nova confirmação de favoritismo: a holandesa Dafne Shippers renovou o seu título mundial de 200 m, com 22,05, à frente de Marie-Josée Talou, que já fora segunda nos 100 m e agora bateu o recorde da Costa do Marfim, com 22,08. Fechou o pódio Shaunae Miller-Uibo (Bahamas), que havia falhado por pouco o pódio dos 400 m e agora fez 22,15.
Irina eliminada
De manhã, a única atleta portuguesa a atuar neste dia, Irina Rodrigues, foi 21ª (entre 30 atletas) na qualificação do disco, com 56,98, aquém das marcas (acima de 60 m) que vinha conseguindo, embora várias delas nas muito propícias condições do Centro de Lançamentos de Leiria. A melhor foi a croata Sandra Perkovic, com 67,67, e a 12ª e última qualificada lançou 61,48, marca que Irina Rodrigues ultrapassou duas vezes no último fim-de-semana de julho… em Leiria.
Largo domínio dos EUA
Nas medalhas e pontuações, largo domínio dos Estados Unidos, já com 8 títulos e um total de 23 medalhas, contra 3 títulos e 8 medalhas do Quénia, 2 títulos e 6 medalhas da Polónia e 2 títulos e 5 medalhas da África do Sul.
Na pontuação (8 primeiros), os Estados Unidos somam 202 pontos, mais do dobro do Quénia (2º com 90) e mais do triplo da Polónia (3ª com 65)!