Nelson Évora obteve esta quinta-feira a sua melhor marca no triplo desde 2011 (há sete anos!), ao ser segundo no Meeting de Madrid, do Circuito da IAAF, com 17,30, a escassos três centímetros do seu recorde nacional de pista coberta. O atleta sportinguista, na sua segunda prova da época (limitara-se a 16,38 no único ensaio válido da primeira), começou o concurso com 17,02 e melhorou no segundo ensaio para 17,30, fazendo depois quatro nulos. É a sua terceira marca de sempre em pista coberta, depois dos 17,33 e 17,32 em 2008. Ao ar livre, tem 17,74 como recorde pessoal (em 2007) e a sua última marca superior à desta quinta-feira fora de 17,35 em 2011.
Foi a primeira vez que Nelson Évora derrotou Pedro Pichardo, que foi terceiro neste concurso, com 17,01 ao 2º ensaio (depois de uns 16,93 a abrir). O agora benfiquista (e já português) continua a ser dado como cubano pela Federação Internacional, que não reconhece, para já, mudanças de nacionalidade…
Nelson Évora só foi batido pelo surpreendente brasileiro Almir dos Santos, que tinha 16,86 na época passada (ao ar livre), já melhorara esta época para 17,06 e chegou agora aos 17,35 (com outro ensaio a 17,19), a melhor marca mundial do ano.
Dois outros portugueses estiveram em ação: Cátia Azevedo foi 4ª na final A dos 400 m, com 53,98 (triunfou a suíça Lea Sprunger, com 51,61) e Emanuel Rolim foi 7º na final B de 1500 m, com 3.44,38 (venceu-a o espanhol Ignacio Fontes, com 3.41,50).
O Meeting de Madrid ficou um pouco aquém das expetativas, já que apenas a marca de Almir dos Santos no triplo foi a melhor do ano. Destaque ainda para o grego Konstadinos Filipides, que passou 5,85 na vara, e para o recorde de Espanha dos 400 m, conseguido por Oscar Husillos, com 45,86. Genzebe Dibaba manteve o domínio nos 1500 m, mas “apenas” com 4.02,43, e a russa Maria Lasitskene soma e segue na altura: 34ª vitória consecutiva, com 2,00, antes de tentar 2,07, sem êxito.
O QUE DISSE NELSON ÉVORA (à Agência Lusa):
- «Foi uma boa abertura de época, com boas sensações. Ainda com alguns erros, mas acredito que dentro de uma semana será totalmente diferente. Saltei 17,02 metros, calmamente, e 17,30 metros com alguns erros, mas ainda há muito para fazer e o que interessa é estar bem no Mundial [de Birmingham]. Este ano tenho como objetivos ganhar títulos que ainda não ganhei até agora.»