A presença portuguesa no Mundial terminou com mais uma medalha (e com recorde nacional!) de Nelson Évora, terceiro no triplo com 17,40. Foi uma excelente prova (apenas em Moscovo’2006 o pódio fechou com marca melhor), que Nelson chegou a liderar, depois do primeiro ensaio (17,14) e do terceiro (17,40). Mas no quarto ensaio, o norte-americano Will Claye, vice-campeão olímpico e mundial de ar livre, chegou a 17,43 (melhor marca mundial do ano) e revalidou o título de pista coberta que já ganhara em 2012. E, no quinto ensaio, o brasileiro Almir dos Santos voltou a melhorar, chegando a 17,41. Claye justificou o título, com 17,35 e 17,31 nos dois últimos ensaios.
Nelson Évora confirmou ser um verdadeiro atleta de campeonato, fazendo sempre melhor nas grandes competições. Melhorou em sete centímetros o seu recorde nacional de 2008 (há dez anos!) e a sua marca de 17,40 (a três centímetros do vencedor) dar-lhe-ia o título tanto em 2016 como em 2014!
Foram batidos três recordes dos campeonatos nesta jornada da tarde. O norte-americano Christian Coleman, recente recordista mundial com 6,34, foi natural vencedor dos 60 metros e conseguiu excelentes 6,37. Só não se esperava era a réplica do chinês Bingtian Su, que bateu o recorde da Ásia, com 6,42. Outro recorde dos campeonatos foi conseguido pela norte-americana Kendra Harrison, vencedora dos 60 m barreiras em 7,70, nove centésimos à frente da sua compatriota Christina Manning. Finalmente, numa longa prova de vara, a norte-americana Sandi Morris, depois de passar na última tentativa 4,80 e 4,90, ganhou ao passar 4,95… também à terceira. Tentou depois o recorde mundial a 5,04, mas sem êxito. A russa Anzhelika Sidorova esteve sempre mais perto do triunfo (“limpou” todas as alturas até 4,85, inclusive), mas acabou por ser segunda, com 4,90 à terceira tentativa.
Entretanto, nos 1500 metros femininos, repetiu-se o pódio dos 3000 m, apenas com troca de lugares entre a segunda e a terceira. Voltou a triunfar (e com quase um segundo de vantagem) a etíope Genzebe Dibaba, com 4.05,27, e a britânica Laura Muir (4.06,23) deixou a holandesa Sifan Hassan a três centésimos.
Ceradíssima a luta no heptatlo, resolvida por apenas cinco pontos. Ganhou o francês Kevin Mayer, com 6348 pontos, seguido de Damian Warner, com recorde do Canadá (6343).
Nas restantes finais, o checo Pavel Maslák renovou o seu título de 400 m, com 45,47; a norte-americana Courtney Okolo dominou a prova feminina, com um recorde pessoal de 50,55 e quase um segundo de vantagem sobre a sua compatriota Shakima Wimbley (51,47); nos 800 m, o polaco Adam Kszczot confirmou o seu favortismo, ganhando em 1.47,47, com 42 centésimos de vantagem sobre o norte-americano Drew Windle.
Em suma: um dia em cheio para os Estados Unidos, que já ganharam 5 títulos e um total de 12 medalhas, contra dois títulos da Etiópia e quatro medalhas da Grã-Bretanha. Este domingo, a partir das 15 horas, realizam-se as derradeiras oito finais.