O Mundial de Birmingham terminou e com nota alta na parte final. A Polónia derrotou os Estados Unidos nos 4×400 m masculinos e com um surpreendente recorde mundial de 3.01,77, vinte centésimos à frente dos norte-americanos, que também fizeram melhor que o anterior recorde de 3.02,13, pertença dos Estados Unidos desde o Mundial de Sopot’2014.
Nas restantes sete finais do dia, houve mais três melhores marcas mundiais do ano. A sérvia Ivana Spanovic, terceira em 2014 e segunda em 2016, foi agora… primeira! Ganhou com 6,89 no 1º ensaio e 6,96 no 4º (não saltou mais), à frente da norte-americana Brittney Reese (6,89), campeã em 2010, 2012 e 2016 (além de quatro títulos mundiais e um olímpico de ar livre).
Das três finais de meio-fundo, apenas uma teve um bom andamento – a dos 800 metros femininos, com as três primeiras a baixarem dos dois minutos e as duas primeiras a conseguirem as melhores marcas do ano: Francine Nyonsaba, 1.58,31 (recorde do Burundi) e Ajee Wilson (EUA) 1.58,99. Esta liderou sempre, sendo ultrapassada na fase final.
Melhor marca do ano ainda para a equipa feminina dos Estados Unidos de 4×400 m, com 3.23,85, recorde dos campeonatos e… quase recorde mundial (Rússia 3.23,37).
O prolongadíssimo concurso de salto com vara (15 atletas, três horas e 20 minutos…) fechou o campeonato, com triunfo para o francês Renaud Lavillenie, que “limpou” até 5,85 (5,70 e 5,85) e passou 5,90 à segunda tentativa (tentou depois 6,00 sem êxito). O norte-americano Sam Kendricks, que começou a 5,45 e tentou todas as cinco tentativas até 5,90, falhou um ensaio a 5,80 e não passou 5,90 (duas tentativas) nem 5,95 (uma). E o polaco Piotr Lisek fechou o pódio com 5,85, depois de quase passar 5,90 logo a seguir ao recorde mundial dos seus colegas de equipa nos 4×400 m…
Emocionante a final de 60 m barreiras, com o britânico Andrew Pozzi (7,46), campeão europeu em 2017, e o norte-americano Jarret Eaton (7,48), quarto no Mundial de 2016, separados por um centésimo.
As duas finais das corridas masculinas mais longas foram lentíssimas. A de 3000 m, com 3.08,24 no primeiro quilómetro, “compensado” no último com 2.22,43. Triunfou o etíope Yomif Kejelcha em 8.14,41, com mais dois quenianos nos quatro primeiros e seis africanos entre os sete da frente. A exceção foi o espanhol Adel Mechaal, quinto. O jovem queniano Davis Kiplangat, que reforçou o Sporting na Taça dos Campeões Europeus de corta-mato (e ganhou), foi agora sétimo.
Se os 3000 m foram lentos, que dizer dos 1500 m, com 1.15,84 aos 400 m e 2.23,69 aos 800 m?! No final, escassos 73 centésimos separaram os sete primeiros, em tempos dignos de uma prova feminina. Triunfou o etíope Samuel Tefera (3.58,19), seguido do polaco Marcin Lewandowski (3.58,39).
Como era esperado, os Estados Unidos lideraram, com boa vantagem, a lista de medalhas, com seis títulos e um total de 18 presenças no pódio (6-10-2). A Etiópia ganhou quatro provas e Polónia e Grã-Bretanha apenas uma. Em termos de medalhas, seis para a Grã-Bretanha e cinco para Etiópia e Polónia.
Em termos de pontuação, larga supremacia dos Estados Unidos: 208 pontos, contra 61 da Grã-Bretanha e 57 da Etiópia. Entre os 48 países pontuados, está Portugal, 26º com 8 pontos (um sexto e dois oitavos lugares)… e não 30º com 7 pontos como erradamente consta do site da IAAF…