Nesta sessão Constantino diria ainda que o rendimento ao mais alto nível também não está dependente do melhor ou pior desporto escolar que possamos ter, pois ” uma boa base não corresponde obrigatoriamente a um vértice da pirâmide e vice-versa”. Na sua opinião “a pequena diferença que pode existir entre uma medalha olímpica e os lugares imediatos, trata-se de um problema de natureza sistémica. O apoio médico, psicológico, etc, que fazem parte do universo da preparação de um atleta olímpico, continua a deixar-nos inquietos, bem como a falta de rigor e acompanhamento de diversos atletas.”
Acrescentaria ainda que em sua opinião “temos poucos técnicos qualificados para o alto rendimento” considerando que será necessário investir, mandando os nossos treinadores para fora especializarem-se, ou então trazer os melhores estrangeiros para cá, como já acontece nalgumas modalidades.
Na parte inicial da exposição já tinha fornecido alguns indicadores de natureza estatística que ajudaram a clarificar a ideia de que os Jogos do Rio não foram tão maus como poderia parecer à primeira vista, tendo mesmo superado nalguns indicadores os de Pequim e Londres. Concretamente, o presidente do COP adiantou que no capítulo das medalhas foi alcançada uma, quando o objectivo eram duas (50 por cento de sucesso); no âmbito dos diplomas foram obtidos 10, quando a meta eram 13 ( 77 por cento de êxito) e finalmente no número finalistas foram superaras as previsões iniciais, já que tivemos 18, quando as previsões eram 17 ( 106 por cento de sucesso).