Vera Nunes foi a grande vencedora da Wings for Life World Run, prova disputada simultaneamente em 66 países e que teve mais de cem mil participantes.
Vera correu em Munique e percorreu 53,78 km, seguida da croata Nikolina Sustic que correu 53,73 km em Zug, Suíça, e da russa Olesya Nurgalieva que em Izmir chegou aos 53,61 km.
“Ser a primeira mulher do mundo era honestamente um objetivo que perseguia há muito mas que não acreditava ser possível alcançar já este ano. Estava a recuperar da maratona de Cracóvia, que fiz há duas semanas, e por isso tive alguma contenção. Comecei bem e sabia que podia vencer na Alemanha, mas a vitória global foi mesmo uma surpresa”, disse Vera Nunes.
A portuguesa já havia vencido em 2016 a corrida realizada no Porto com 58,86 km.
Em masculinos, o sueco Aron Anderson em cadeira de rodas convencional venceu pela segunda vez ao percorrer 89,85 km em Sunrise, Estados Unidos. O alemão Andreas Strassner foi segundo com 76,77 km e o russo Aleksander Cheburkin, terceiro com 74,69.
António Sousa foi o 17º global com 60,67 km, também em Munique e Ricardo Pereira foi o 22º depois de vencer em Taiwan com 58,74 km.
No total, foram registados 934.484 km por todos os participantes. E mais de três milhões de euros recolhidos, destinados à cura para lesões na espinal medula.
Criada em 2014, a Wings for Life World Run já reuniu mais de 535 mil corredores de 193 nacionalidades, que juntos percorreram mais de cinco milhões de quilómetros. Desde então, já foram recolhidos mais de 23,6 milhões, destinados totalmente às pesquisas.
Por ser disputada ao mesmo tempo, cada canto do mundo teve um horário diferente. Houve quem corresse de madrugada, outros de manhã, alguns à tarde e até à noite. Cada lugar teve um percurso pré-definido e postos de hidratação, como numa maratona. A diferença esteve em não ter uma meta. Quem fez as vezes de meta foi um carro que iniciou o trajeto 30 minutos depois e quem ele ultrapassasse ficava fora da corrida.