O Tribunal Arbitral do Desporto divulgou ontem que recusou o recurso do velocista jamaicano Nesta Carter, apanhado no exame antidoping nos Jogos Olímpicos de Pequim. A equipa jamaicana da estafeta 4×100 metros, Cartes, Usain Bolt, Michael Fraser e Asafa Powell teve que devolver a medalha de ouro olímpico.
O TAS afirma que foi encontrada a substância Dimetilamilamina e que por isso, não pode aceitar as alegações de falhas no processo.
Em Novembro de 2017, Nesta Carter pôde recorrer da decisão, e a defesa alegou que o texto da sessão S6, sobre estimulantes, não se referia à Dimetilamilamina nominalmente. O trecho, segundo a defesa, citava “Tuaminoheptano e outras substâncias com uma estrutura química similar ou efeito (s) biológico (s) similar (es)”. Entretanto, o TAS não aceitou a alegação afirmando que o exame comprova a presença da substância, proibida pela Agência Mundial Antidoping desde 2004, sendo desde 2011 reclassificada como substância específica. O Tribunal esclarece que a punição é referente apenas à desqualificação em Pequim, não provocando nenhuma outra sanção ao velocista jamaicano.
Em 2008, quando venceu a prova nos Jogos Olímpicos de Pequim, Nesta Carter não foi detetado em algum exame. O jamaicano foi apanhado na reanálise das amostras dos Jogos Olímpicos de Pequim, que identificou outros 30 casos positivos. Com a exclusão da estafeta da Jamaica, o ouro vai para Trinidad e Tobago, a prata para o Japão e o bronze para o Brasil.