Alguns dados indicam que cerca de 70% dos corredores se magoam no período de um ano. Se também corre, é muito provável que faça fazer parte da estatística.
O problema é que a maioria das lesões graves é oriunda de pequenas dores e lesões que foram simplesmente ignoradas pelos corredores.
Não é comum a obsessão pela condição física, fazendo as pessoas ignorarem as suas dores e continuarem a correr. Quantos não terminaram o seu treino mesmo sentindo dores, e mesmo assim continuaram a correr nos dias seguintes?
Isso é causado por uma obsessão pelo. Mas será que vale a pena sacrificar a sua saúde, e em alguns casos, a sua capacidade de andar, só para poder participar numa prova?
Pode parecer muito dramático para alguns, mas essa é a verdade. Ao continuar a correr mesmo sentindo dores, o corredor estará caminhando, não só para encurtar a sua carreira desportiva, como pode estar a caminho da mesa de cirurgia, correndo o risco de talvez nunca mais ser capaz de correr novamente, ou de desenvolver uma osteoartrite precoce.
Primeiro é necessário mudar a sua mentalidade. Desculpas como “eu tenho que correr”, ou “não posso parar de treinar pois inscrevi-me para participar na prova X”, não devem ser mais utilizadas. Pense se a participação numa prova é mais importante do que a habilidade de andar? Depois, é necessário comprometer-se em educar-se mais a fim de melhorar a sua longevidade no desporto. O treino deve servir para deixá-lo mais forte e mais equilibrado fisicamente para contribuir de forma positiva para a sua longevidade.
Outra coisa é ter em mente que primeiro devemos desenvolver o nosso chassis, depois o motor, ou por outras palavras, devemos desenvolver tanto a parte muscular como a parte cardiovascular.
Para isso, é necessário que o corredor inclua de forma permanente um trabalho de força, alongamento, flexibilidade para não só melhorar o seu rendimento, mas também pensando em prevenir o surgimento de lesões.
E o principal, não treine com dor!