O inglês Peter Thompson, de 34 anos, é um corredor acostumado a provas exigentes e desgastantes. Já correu a maratona em 2h25m e competiu em mais de 40 países. Este ano, decidiu-se por uma nova aventura: correr em 70 dias os 3.500 quilómetros do percurso da Volta a França.
O percurso recheado de subidas e as longas distâncias percorridas pelos ciclistas fazem da Tour de France uma das competições mais desgastantes do ciclismo. Na sua aventura francesa, Thompson, que trabalha como voluntário na Inglaterra, conseguiu arranjar mais de 18 mil libras para instituições de caridade.
Segundo Thompson, mais difícil do que se preparar para enfrentar as subidas foi convencer Sally, a sua namorada, de que seria uma boa ideia completar a Tour de France a correr. “A minha namorada está comigo e apoiou-me sempre. Acho que ela me perdoou agora”, disse ao jornal The Daily Telegraph.
A aventura pela França foi o ponto final que Thompson colocou num capítulo negativo da sua vida. Há três anos, ele completou a Maratona de Amsterdão em 2h25m, mas, apesar da boa marca para si, deixou a Holanda abatido. O final de uma relação abalou a sua relação com a corrida, e o desafio pelas montanhas francesas foi uma forma de recuperar a paixão pela modalidade.
“Lutei com a minha saúde mental depois de Amsterdão e realmente não estive bem durante cerca de seis meses. Havia terminado mal uma relação e decidi que não queria correr mais. Culpei-ei por esse término e perdi o contato com os meus amigos”, afirmou.
“Depois de quatro ou cinco meses, percebi que precisava de correr. Não era voltar a correr rapidamente, mas ter algo para fugir das coisas que me incomodavam. Fazer um desafio assim, dá-me foco e ajuda-me a arrecadar dinheiro para instituições de caridade que me interessam”, continuou.
Ele reconheceu que pensou em parar de correr em alguns trechos do desafio na França, mas seguiu em frente em razão das visões “incrivelmente bonitas” das montanhas. Depois de atingir o seu objetivo, celebrou a sua vitória particular bebendo cerveja com Sally.