138 desportistas quenianos acusaram positivo entre 2014 e 1 de Agosto deste ano
Segundo a Agência Mundial Antidopagem (WADA), um total de 138 desportistas quenianos acusaram positivo com alguma substância proibida entre 2004 e o passado 1 de Agosto. Este número coloca o país como um dos três países com mais casos de doping no desporto.
Dos 138 desportistas, 95% eram corredores de fundo. Estes, são os mais controlados nas provas de atletismo.
A WADA revelou que apesar dos casos de doping serem comuns no país, eles fazem-se de forma “pouco sofisticada, oportunista e descoordenada”.
“Os atletas de classe baixa usam nandralona (esteroide anabolizante que aumenta a massa e força muscular) que é barato e fácil de conseguir, mas a maioria é apanhada no primeiro teste”, explicou o Diretor de Inteligência e Investigações da WADA, Gunter Younger.
A forma de os atletas quenianos se doparem é “drasticamente diferente” do que se faz noutros países, visto que os desportistas não estão “suficientemente educados” na matéria e os curandeiros ou médicos não profissionais que os assistem, não controlam ou desconhecem a lista de substâncias proibidas.
No final de Agosto, a WADA anunciou que Nairobi acolherá o primeiro laboratório antidoping da África Oriental, financiado pela Unidade de Integridade de Atletismo (AIU), com o apoio da IAAF e do Grupo Lancet da África do Leste.
Com este laboratório na região, as amostras recolhida na África Oriental já não terão de ser transportadas aos laboratórios antidoping localizados na Europa ou na Àfrica do Sul, como se fazia até agora.