A Maratona Internacional de Hangzhou, na China, irá utilizar um software de reconhecimento facial para evitar os batoteiros. O objetivo é utilizar o programa para impedir que atletas troquem de dorsal uns com os outros, ou falsifiquem o identificador na prova, marcada para o dia 4 de Novembro.
Esta é a segunda grande prova chinesa a adotar a tecnologia de reconhecimento facial. No último ano, o software foi utilizado na Meia-Maratona de Pequim com 20 mil participantes.
Além da participação de pessoas que não se inscreveram na prova e falsificam o número de dorsal, a iniciativa tenta barrar uma prática cada vez mais comum na China: a troca de dorsais. Com o “medo do fracasso” alimentado pelas redes sociais, há corredores que pagam a atletas mais rápidos para utilizarem os seus dorsais e registarem tempos melhores em seus nomes.
O problema já ocorreu na própria Maratona de Hangzhou, em 2016. À época, os atletas envolvidos na trapaça receberam uma punição de dois anos de suspensão.
A Maratona de Hangzhou conta com o apoio de organização da Alisports, divisão de desporto da gigante de comércio eletrónico Alibaba Group, que implementará o software de reconhecimento facial na prova. A empresa já vem testando o equipamento para outras funções — como efetuar pagamentos e até fazer check-in em hotéis.
Além disso, a prova é patrocinada pelo aplicativo fitness do grupo, que contém um jogo que utiliza o percurso da maratona e inclui 20 desafios relacionados à natureza, comida e cultura da cidade. Os participantes bem sucedidos no jogo, compartilharão um prémio.
Outro aplicativo desenvolvido especialmente para a maratona, permite que um participante compartilhe o seu progresso em tempo real com os seus amigos e receba apoio via comunicação de voz.
Receber apoio via comunicação de voz não viola os regulamentos?