A época ficou marcada pela queda de um dos recordes nacionais históricos de Teresa Machado (17,18 em 1996). Foi autora da proeza, Jéssica Inchude, que já havia batido o recorde nacional sub’23 que lhe pertencia desde o ano passado, com 16,90 em pista coberta, fazendo 16,98, e depois juntou-lhe o recorde absoluto, com 17,46. Com duas brasileiras naturalizadas entretanto – Eliana Bandeira e Francislaine Serra – ambas pela primeira vez acima dos 16 e dos 15 metros, respetivamente, o nível do top’10 nacional subiu bastante: mais 60 cm, de 13,87 para 14,47, batendo o recorde de 14,19 que já vinha de 2006. O top’20 melhorou de 12,86 para 13,19 mas continuou longe dos 13,58 atingidos em 2009.
PÓDIO:
1ª JÉSSICA INCHUDE (SPORTING)
Conseguiu quatro marcas acima dos 16,90 da época passada: 17,46-17,43-17,11-16,98. Foi campeã nacional com 16,66, a mesma marca com que foi segunda na Taça dos Clubes Campeões Europeus. Com dupla nacionalidade, optou pela Guiné-Bissau em termos internacionais, tendo sido selecionada para a formação africana que esteve na Taça Intercontinental. Mas não foi feliz: 8ª e última com apenas 14,15.
2ª ELIANA BANDEIRA (J. VIDIGALENSE)
No seu primeiro ano como portuguesa, progrediu de 15,21 para 16,01 em pista coberta (campeã nacional sub’23) e para 16,63 ao ar livre, tornando-se a terceira portuguesa de sempre. Vice-campeã de Portugal (15,75), esteve no Europeu (22ª na qualificação, com 15,18), foi 3ª no Campeonato do Mediterrâneo sub’23 (15,69) e 3ª sub’23 na Taça da Europa de Lançamentos.
3ª FRANCISLAINE SERRA (SPORTING)
Outra ex-brasileira naturalizada esta época e que progrediu de 14,98 para 15,72 (6ª de sempre). Foi 3ª no Campeonato de Portugal.
E AINDA…
Ophélie Oliveira, que vive em França, também melhorou muito, de 13,48 para 14,93, embora a sua segunda marca (14,09) fique distante. Antónia Borges (16,25 em 2010) regressou, com 14,50 como melhor, mas dedicou-se essencialmente ao disco. Lecabela Quaresma (14,61 como melhor) chegou a 14,12 no pentatlo do Mundial de pista coberta e Liliana Cá (13,85 em… 2005, como júnior) aproximou-se a 20 cm do seu melhor.
A REVELAÇÃO: INÊS CARREIRA (J. VIDIGALENSE)
Júnior de 1º ano, já era conhecida mas foi, de entre as mais jovens, quem mais progrediu acima de 12 metros: de 11,94 para 12,63.
Ranking da época: http://atletismo-estatistica.pt/anuais/absolutos-2018-f-2/