E tailandesa faz mais de 30 km numa maratona com cachorro ao colo
Em cada maratona, é possível encontrar inúmeras estórias passadas durante o percurso. Foram o caso do norte-americano Andrew Otazo que correu os 42 km com 13 km de lixo à costas e da tailandesa Khemjira Klongsanun que correu 30 km com um cachorro abandonado ao colo.
Andrew Otazo demorou cerca de dez horas para completar a Maratona de Miami, ficando em último lugar. Houve uma boa razão para o desempenho de Otazo: ele correu 42 km carregando 13 kg de lixo às costas.
A ideia surgiu no ano passado, durante uma exploração de Otazo numa reserva natural em Key Biscayne, na Flórida.
Ao notar que detritos subiam com a maré alta, o corredor recebeu a ajuda de um amigo para limpar o canal Bear Cut Preserve. Desde então, eles limparam cerca de duas toneladas de lixo.
“Eu queria produzir uma metáfora muito contundente onde eu tiraria o lixo, colocava-lo num saco e a seguir, às costas. Depois, andaria com ele durante toda a maratona para que as pessoas pudessem ver”, disse.
Assim, montou um equipamento com os dejetos encontrados no canal. Transformado numa grande mochila, o equipamento tinha um tapete como base, uma corda como rede e duas boias como enfeites.
“Não há comparação, foi a pior corrida que já fiz”, disse. “Cheguei a um ponto em que eu não sabia se estava inventando a dor que sentia. Foi como se o meu corpo não soubesse como registar a dor.”
Com uma média de 4 km por hora, ele terminou a prova em 9h50m sem lesões “graves”, mas com dores no quadril e desidratado.
Otazo arrecadou mais de 4.600 dólares que apoiarão a limpeza de praias, além de ajudar a reduzir a distribuição e o consumo de plásticos descartáveis.
“Eu tenho a melhor desculpa do mundo para terminar em último. Eu tinha um saco de lixo de 13 kg nas minhas costas”, concluiu.
Corredora encontra cachorro abandonado e corre 30 km com ele ao colo
Na Maratona de Chombueng, na Tailândia, a corredora Khemjira Klongsanun deparou-se com uma situação rara: um pequeno cachorro abandonado.
O facto aconteceu após os 12 km, quando ela estava focada em manter o seu ritmo. Mas ela decidiu parar e chegou até a procurar o dono do animal. Sem sucesso, carregou-o durante o resto da maratona.
Faltando pouco mais de 30 km, Klongsanun sabia que o cachorro a faria gastar mais energia. Sem se importar, levou-o até à meta.
Quando chegou a casa, Klongsanun compartilhou uma foto do animal enrolado no dorsal da maratona e na medalha. Como ninguém o procurou, Klongsanun adotou-o e deu-lhe o nome da maratona, Chombueng.
“Ele parecia perdido. Não havia casas, nem outros cães, nem pessoas ao redor”, disse à imprensa. “Então, peguei nele para tirá-lo do ambiente estranho”.
Ela afirmou que correr a maratona a segurar o cachorro foi realmente um desafio. “Foi duas vezes mais cansativo do que uma maratona normal, mas eu fiz. Ele é adorável”.