O marroquino Hicham el Guerrouj, ainda recordista mundial dos 1.500 metros ao ar livre, lamentou o estado atual do atletismo do seu país e pediu apoio ao rei Mohamed VI para retirar a modalidade do seu estado de abandono. “Hoje em dia, os atletas não têm nem onde tomar duche nem onde mudar-se… É um crime desportivo que deveria ser castigado pela lei”, disse El Guerrouj à Rádio Mars.
El Guerrouj, duplo campeão olímpico dos 1.500 e 5.000 metros em 2004, lamentou que os milhões investidos pelo Estado para o atletismo não tenham dado resultado. “Hoje em dia, é evidente que o atletismo vai de mal a pior, de fracasso em fracasso, há gerações desgraçadamente perdidas”, disse El Guerrouj, um ídolo no seu país.
O atletismo marroquino esteve em grande destaque nos anos oitenta no meio fundo com atletas com Said Aouita, Khalid Skah, El Guerrouj e Nawal El Mutawakil. Mas desse então, não voltou a subir ao pódio olímpico nem a bater recordes mundiais.