A Rússia foi reintegrada no Comité Paralímpico Internacional (IPC), nesta sexta-feira. A decisão foi tomada após o país cumprir uma série de requisitos, como a integração do Comité Paralímpico Russo na agência antidoping nacional. O IPC monitorará a Rússia até dezembro de 2022, podendo restabelecer a suspensão em caso de incumprimento das decisões.
No total, o país ficou suspenso das competições paralímpicas internacionais durante 30 meses. Entre os principais eventos em que a Rússia não pôde disputar, destaque para os Jogos Paralímpicos do Rio 2016 e os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pyeong Chang 2018, quando alguns atletas russos competiram com uma bandeira neutra.
– “Desde a sua suspensão, em agosto de 2016, o Comité Paralímpico Russo fez progressos significativos na transformação da sua liderança e como ela atua nas suas atividades antidoping. Eles reuniram 69 dos 70 critérios de reintegração originalmente delineados pelo IPC, o que nos dá a confiança de que agora é uma organização muito melhor a partir do momento da suspensão” – disse Andrew Parsons, presidente do IPC.
Parsons lembrou ainda que a Rússia segue sendo vigiada até dezembro de 2022, uma vez que o país não reconhece o relatório McLaren. Tal documento aponta que houve um sistema institucionalizado de doping na Rússia entre 2011 e 2015, com a cumplicidade do Ministério do Desporto Russo.
– “Estamos ansiosos para receber o Comitê Paralímpico Russo de volta como um membro do IPC. No entanto, a organização não deve ter ilusões de que, se em algum momento não atender aos critérios de reintegração, o conselho diretor do IPC poderá reconsiderar a sua condição de membro”, completou Andrew Parsons.