Thomas Panek fez história no último domingo ao tornar-se o primeiro corredor cego a concluir a Meia Maratona de Nova York com a ajuda de cães-guia. Os seus três labradores, Westley, Waffle e Gus, guiaram-no durante o percurso.
Durante a prova, os cães revezaram-se. Westley e Waffle guiaram o seu dono durante 8 km cada, e Gus, que realizou sua última prova e se “reformou”, entrou nos últimos quilómetros para cortar a meta.
Panek e os seus cães concluíram o percurso em 2h20m51s.
O atleta, CEO e presidente da “Guiding Eyes for the Blind”, ficou cego na juventude e não queria abandonar a atividade que tanto gostava. E começou a treinar os seus cães-guia para acompanhá-lo nas atividades.
“Para mim, nunca fez sentido sair pela porta e deixar o meu cão-guia para trás quando eu amo correr e eles amam correr. Foi apenas uma questão de resistir à sabedoria convencional e dizer: por que não?”, disse à CNN.
Panek completou 20 maratonas desde que perdeu a visão. Mas mesmo assim, sentia falta de poder correr sozinho, já que fazia os treinos e provas ao lado de atletas que serviam de guia. Por isso, criou um programa de treino para cães.
E não apenas para si. O programa “Running Guides” foi criado em 2015 e já capacitou 24 cães. Além do treino físico, os cães precisam de aprender a lidar com as possíveis mudanças de piso, variações de ritmo dos corredores ao redor e as distrações que as multidões e grandes eventos proporcionam.
E isso só é conquistado com muito treino entre o atleta e o seu cão-guia. “O vínculo é realmente importante. Não se pode simplesmente pegar na coleira e sair correndo com os cães”, explicou Panek.