Nada menos de três das cinco melhores maratonistas nacionais estarão este domingo em ação em maratonas internacionais: Jéssica Augusto em Hamburgo, Salomé Rocha em Londres e Catarina Ribeiro em Pádua. As duas primeiras farão as suas primeiras maratonas deste ano, enquanto Catarina Ribeiro, desistente em Viena há três semanas, voltará a tentar completar a distância. Recorde-se que o mínimo da Federação para o Mundial de Doha deste ano é de 2h 29m 20s, mas entre as melhores fundistas portuguesas, apenas Salomé Rocha parece interessada, estando as restantes (Dulce Félix, que obteve 2.25.24 em Valência, em dezembro passado, Sara Moreira, Jéssica Augusto e Catarina Ribeiro) mais viradas para uma aposta nos 10000 metros… “libertando-as” para a presença noutra maratona comercial no final do ano. Já em relação a 2020, todas elas tentarão estar nos Jogos de Tóquio, cujo mínimo da IAAF é de 2.29.30 (não é conhecido o da Federação, em princípio um pouco mais restritivo) e poderá ser desde já obtido (desde 1 janeiro deste ano).
Jéssica Augusto, que fará a sua 13ª maratona, tem as suas melhores marcas em Londres, onde correu seis delas, incluindo a dos Jogos de 2012 (6º lugar). Tem como melhor 2.24.25 (6ª) em 2014, tendo sido ainda 8ª na estreia, em 2011 (2.24.38), e em 2012 (2.24.59), e 10ª em 2016 (2.28.53). Desistiu em 2013. Esteve muito bem também na Maratona de Hamburgo de 2017, que ganhou com 2.25.30, mas falhou em Nova Iorque, no final desse ano (18ª com 2.37.33), naquela que foi a sua última prova na distância. Voltará agora a Hamburgo, onde tem muito boas recordações…
Já Salomé Rocha fará apenas a sua quarta maratona, depois de auspiciosa estreia em Praga’2017 (6ª com 2.27.08), a que se seguiu um segundo lugar no Porto’2017 (2.31.02) e um excelente recorde pessoal em Berlim’2018 (2.25.27). Estará agora na Maratona de Londres, onde Portugal já brilhou, nomeadamente através de António Pinto, três vezes vencedor e sete vezes no pódio, entre 1992 e 2001, e, no setor feminino, teve Rosa Mota como vencedora em 1991, Manuela Machado segunda em 1995 e terceira em 1999 e Aurora Cunha terceira em 1989.
Catarina Ribeiro fará a sua 6ª maratona. Estreou-se com surpreendente 2º lugar no Porto, em 2016, com 2.30.10, e apenas concluiu uma outra prova, em Berlim’2017, sendo 9ª com 2.33.13. Estará agora em Pádua, prova na qual se apresentará como a atleta com melhor recorde pessoal (2.30.10), à frente da etíope Ayantu Abera (2.30.25).
Recorde-se que Sara Moreira, a outra maratonista nacional (para além de Dulce Félix) com aspirações a estar nos Jogos de Tóquio, desistiu no início desde mês nas maratonas de Roterdão (dia 7) e Paris (dia 14).
Por cá, realizar-se-á no domingo a primeira edição da denominada “Maratona da Europa”, que não deverá contar com primeiros planos (não foi anunciado qualquer nome na apresentação da prova), apostando na quantidade: foram apontados 5000 inscritos (de 17 nacionalidades) mas no conjunto das várias provas programadas: maratona, meia-maratona, mini-maratona (10 km) e caminhada (5 km). Partida (às 8.30 h) e chegada junto ao Centro de Congressos de Aveiro.