A autoridade nacional financeira francesa levantou um processo contra Lamine Diack e seu filho Papa Massata Diack. Ambos estão acusados de um presumível sistema de corrupção para retardar as sanções contra os atletas russos que tinham acusado doping.
Lamine Diack, que foi presidente da IAAF entre 1999 e 2015, deverá responder por “corrupção ativa e passiva e branqueamento em bando organizado”.
A autoridade nacional financeira decidiu que outros cinco protagonistas também sejam julgados, entre eles, Papa Massata Diack, ex-conselheiro de marketing da IAAF. Ele é também suspeito de branqueamento em bando organizado, corrupção ativa e cumplicidade de corrupção passiva.
Este processo tinha sido aberto em 2015, depois da intervenção da Agência Mundial Antidopagem. Em troca da passividade dos serviços antidoping da IAAF, Lamine Diack teria obtido fundos russos para as suas campanhas políticas no Senegal. O acordo permitia também a facilitação de negociações com os sponsors e difusores russos, antes do Mundial de 2013 em Moscovo.
Diack é também suspeito de abuso de confiança por haver permitido a seu filho de se apropriar de receitas da IAAF provenientes de sponsors.
O Ministério Público francês implica ainda neste processo, Habib Cissé, antigo conselheiro de Diack, e Gabriel Dollé, antigo chefe da área antidopagem da IAAF, sendo ambos suspeitos de corrupção passiva. Este último já reconheceu os factos.
Também acusados estão o russo Valentin Balakhnichev, ex-presidente da Federação Russa e antigo tesoureiro da IAAF, e Alexei Melnikov, que foi o treinador responsável das provas de fundo na Federação.