Quem é que nunca torceu o tornozelo? Seja a andar, a trotar ou a correr, a levantar-se de uma cadeira, etc. O ato de “falsear” o pé talvez seja um dos mais comuns tipos de lesão que ocorrem com qualquer pessoa, seja ela atleta ou não.
O fator determinante é a gravidade da torção. Na maioria dos casos, a entorse é de grau baixo e não traz maiores consequências, até porque nesses casos, o nosso tempo de reação permite que tomemos cuidados com o corpo para evitar a torção completa, como por exemplo, soltar o peso do corpo no momento em que o pé vira. O problema é que às vezes, esse reflexo não resolve o problema.
Podemos falar anatomicamente um pouco sobre o tornozelo. Este é uma articulação do tipo dobradiça, em que o talús (osso localizado entre o calcâneo e a tíbia) se encaixa numa espécie de soquete, formado pela tíbia e pela fíbula. Esses três ossos são envolvidos pela cápsula articular e interligados entre si e a outros ossos do pé, por vários ligamentos e por todos os tendões da musculatura da perna que cruzam a articulação e são fundamentais para a sua estabilização.
Rutura completa dos ligamentos do tendão de Aquiles
O fator determinante é a gravidade da torção. Na maioria dos casos, a entorse é de grau baixo e não traz maiores consequências, até porque nesses casos, o nosso tempo de reação permite que tomemos cuidados com o corpo para evitar a torção completa, como por exemplo, soltar o peso do corpo no momento em que o pé vira. O problema é que às vezes, esse reflexo não resolve o problema.
Podemos falar anatomicamente um pouco sobre o tornozelo. Este é uma articulação do tipo dobradiça, em que o talús (osso localizado entre o calcâneo e a tíbia) se encaixa numa espécie de soquete, formado pela tíbia e pela fíbula. Esses três ossos são envolvidos pela cápsula articular e interligados entre si e a outros ossos do pé, por vários ligamentos e por todos os tendões da musculatura da perna que cruzam a articulação e são fundamentais para a sua estabilização.
Rutura completa dos ligamentos do tendão de Aquiles
A lesão mais grave que pode acontecer é a rutura completa dos ligamentos do tendão de Aquiles. O impacto é semelhante ao de uma pancada. A pessoa fica com uma grande dificuldade na capacidade de curvar o pé para baixo e não consegue andar na ponta dos pés. A impressão é de que o pé está solto. Nesse caso, o problema só se resolve com cirurgia e o retorno só acontece passados pelo menos, três meses.
Rutura parcial dos ligamentos do tendão de Aquiles
Felizmente que nem sempre que se rompem totalmente os ligamentos do tendão de Aquiles. Quando eles se rompem parcialmente, o problema pode ser a formação de cicatrizes que podem levar a uma inflamação crónica. No início, o sintoma é um pouco semelhante ao da rutura total; ocorre uma dor súbita no momento da lesão, que se torna mais evidente no final da atividade. É aí que o atleta deve ficar atento aos próximos treinos, porque a dor pode desaparecer após o aquecimento e o alongamento. Mas normalmente, volta com maior intensidade durante a atividade física.
A evolução deste tipo de lesão acontece com uma sensação muito má de dor e rigidez pela manhã e depois dos treinos, causando geralmente uma atrofia nos gémeos e uma falha pequena no tendão. Mesmo quando ocorre a cicatrização, a pessoa sente dor quando o local é apalpado e um edema persiste na região. O retorno às atividades desportivas acontece entre quatro e oito semanas, dependendo do grau da lesão, que pode ser tratada com uma simples imobilização ou até mesmo com cirurgia.
Tendinites
Existem também as tendinites, ou seja, os tendões acabam inflamando-se e impedindo que o tornozelo faça a sua movimentação completa, causando muitas dores e trazendo grandes prejuízos, principalmente para os atletas.
Tendinite do tendão de Aquiles
A principal é a tendinite do tendão calcâneo, ou de Aquiles, como é mais conhecido. Esse tipo de inflamação ocorre com a carga prolongada e repetitiva de treinos ou de exercícios, principalmente em atletas de longa distância e em treinos em superfícies mais duras. No início, os sintomas são bem leves e a dor só aparece quando o tendão é utilizado e o aparecimento dos edemas não é obrigatório.
A melhor prevenção, além dos tradicionais e absolutamente necessários exercícios de alongamento e aquecimento, é a utilização de sapatos adequados e de calcanheira, que acabam por elevar o calcanhar e evitam uma sobrecarga de tensão sobre o tendão.
Cura da tendinite no tornozelo
Para se curar de uma tendinite no tornozelo, o ideal é o repouso e a aplicação de gelo no local durante a fase mais crítica; cabe ao médico, que estará acompanhando o caso, decidir pelo uso ou não de antiinflamatórios.
O tratamento dura em média uma a duas semanas, mais uma vez dependendo da gravidade do caso e não adianta nada retornar antes do prazo estabelecido porque este tipo de problema agrava-se muito mais quando o regresso à prática dos exercícios é feita sem a autorização do especialista.
Lesões dos ligamentos do tornozelo
As lesões dos ligamentos do tornozelo também acontecem com bastante frequência entre atletas. Como se disse no início, os ossos do pé e do tornozelo estão interligados. Sempre que ocorre uma torção no tornozelo, há um grau de comprometimento ligamentar proporcional à intensidade da torção. O ligamento mais frequentemente afetado é o talofibular anterior (localizado ao lado do tornozelo) que se rompe quando há a inversão do pé. O atleta sente dor na parte de dentro e do lado do tornozelo, além de um edema que pode evoluir para instabilidade, caso a rutura seja total. O tratamento faz-se com imobilização, fisioterapia e cirurgia nos casos desta instabilidade. O regresso às atividades pode variar entre três e doze semanas.
Como se pode observar neste texto, apesar do tamanho diminuto, o tornozelo pode ser alvo de uma série de lesões. Cabe a cada atleta cuidar bem dele e procurar prevenir-se. A qualquer sinal de dor mais intensa na região, procurar o médico.
(Texto do dr. Joaquim Grava, in Revista Contra-Relógio)