O Benfica sagrou-se mais uma vez campeão nacional sub’23, este fim-de-semana, em Vagos, somando o 11º título masculino consecutivo (e o 14º nos últimos 15 anos – em 2008 ganhou a J. Vidigalense) e recuperando o feminino que ganhara seis anos seguidos e perdera em 2018 para o Sporting.
A vitória nos homens foi folgada: 27,5 pontos segundo as nossas contas (208,5-181); 23,5 segundo as contas da Federação (208,5-185), que já na 1ª jornada errara, atribuindo mais 5,5 pontos ao Sporting (o Benfica liderava então com 4,5 pontos de vantagem).
O setor feminino foi mais equilibrado. O Sporting liderava (79-73) no final do 1º dia, mas cedeu bastante no segundo, acabando com sete pontos a menos que o Benfica. Embora bem distante (39 pontos no setor masculino, 71 no feminino), a Juventude Vidigalense fechou mais uma vez os pódios, no setor masculino pelo quarto ano consecutivo (e o 6º nos últimos 7 anos) e no feminino pela terceira vez (e pela 6ª nos últimos 8 anos).
A nível individual, o principal destaque da 2ª jornada vai para dois juniores. No salto em altura, o benfiquista Gonçalo Veloso passou 2,12, melhorando dois centímetros e subindo a quarto júnior nacional de sempre. Derrotou o favorito, o também júnior sportinguista Gerson Baldé, que já tem 2,15 esta época, passou 2,05 nesta prova mas depois falhou 2,08. Nos 400 m barreiras, a sportinguista Juliana Guerreiro baixou pela primeira vez dos 60 segundos, progredindo de 60,07 para 59,68 e subindo a quarta júnior nacional de sempre. Derrotou Elisabete Silva (Ág. Pena), que progrediu de 62,46 para 61,20.
Nas restantes provas masculinas, destaque para novo triunfo de Isaac Nader (Benfica), agora nos 800 m, com 1.52,72, após cerrado despique (como nos 1500 m da véspera) com os sportinguistas Luís Monteiro (1.52,82) e Nuno Pereira (1.53,14). Nos 200 m, o benfiquista Francisco Curvelo venceu com 21,32 (v:+0,7), igualando a sua melhor marca da época mas ainda a quatro centésimos da de 2018. Derrotou o seu companheiro de equipa Delvis Santos, que progrediu um centésimo para 21,42 e o júnior sportinguista Omar Elkhatib, que deu novo salto cronométrico de 21,94 para 21,61. Progressos ainda para os barreiristas Paulo Neto (Jardim da Serra), de 14,32 para 14,28, e Diogo Guerra (Benfica), de 14,85 para 14,66. No martelo, Décio Andrade (Estreito) continua a alto nível (68,01) e Ruben Antunes (Sporting), com 62,93, voltou a ficar aquém do mínimo para o Europeu Sub’23 (65 m), que ele obteve antes do início do prazo (1 abril), com 66,71. Triunfo folgado de Emanuel Sousa (Benfica) no disco, com 54,39 (tem 55,60 como recorde pessoal).
No setor feminino, destaque para a vitória folgada (cinco segundos e meio!) de Salomé Afonso (Sporting) nos 800 m, com a sua melhor marca da época (2.05,99) e já perto do seu melhor de 2018 (2.04,90). Mariana Bento (Sporting) progrediu três centímetros no martelo, ao ganhar com 42,70. A júnior Fatoumata Baldé (Benfica) ganhou os 100 m barreiras (14,51) face a Mariana António (Sporting), com 14,54. E nos 5000 m, houve cerrado despique entre Helena Alves (UD Várzea), com um recorde pessoal de 16.54,06, e Lília Martins (J. Vidigalense), com 16.55,67.
Registaram-se mais duas vitórias estrangeiras, com os títulos nacionais a irem para os segundos classificados. Nos 400 m barreiras, triunfou o brasileiro Mikael Jesus (Benfica), com 51,47, à frente do júnior Paulo Soares (Benfica), com 53,62. Nos 200 m (v:+0,9), triunfou a equatoriana Gabriela Suarez (Benfica), com 23,89, derrotando a júnior Catarina Lourenço (Benfica), com 24,53.
Outros vencedores:
Masculinos: comprimento – Mamadú Jaló (Benfica) 6,98; 4×400 m – Sporting, 3.17,43.
Femininos: vara – Beatriz Batista (Benfica) 3,60; triplo – Juliana Brites (J. Vidigalense) 12,13; peso – Marisa Carvalho (Benfica) 13,43; 4×400 m – Sporting, 3.54,98.