Portugal irá participar no fim-de-semana em mais uma edição do Europeu de Seleções cuja I Liga será disputada em Sandnes, na Noruega. Trata-se de uma competição coletiva iniciada em 2009, na sequência da antiga Taça da Europa, que teve a primeira edição em 1965. Portugal participou sempre, exceto em 1970, no setor masculino, e nas três primeiras edições (1967 a 1970), no feminino. A história da competição reflete bem a evolução bem positiva que o atletismo português teve ao longo dos anos, refletindo a própria evolução do país, dos mais atrasados da Europa aquando da criação da competição e atualmente numa posição intermédia. Até 1993, a prova realizou-se de dois em dois anos, inicialmente com eliminatórias, meias-finais e finais e, depois de 1983, em três grupos. Nas primeiras edições, Portugal foi logo eliminado, sendo mesmo dos últimos entre as cerca de 25 seleções presentes. Só em 1977 conseguiu pela primeira vez o apuramento para as meias-finais. Mas, em 1983, quando os vários países foram divididos por três grupos, ficou no mais fraco (C). Andou sempre perto da subida ao grupo B até que, finalmente, em 1993 (no setor feminino) e em 1994 (no masculino), foi primeiro na II Liga (nova designação do grupo C) e ascendeu ao grupo intermédio (I Liga).
Depois, até 2008, Portugal ficou normalmente na primeira metade da I Liga, só descendo à II Liga uma vez (em 1998) e subindo logo no ano seguinte. Em 2008, em Leiria, Portugal foi 3º no setor masculino e 5º no feminino e a pontuação conjunta deu o 12º lugar entre as seleções participantes das três divisões, o que valeu a presença na Superliga (12 equipas) do novo Campeonato da Europa de Seleções. Portugal foi 11º na estreia e desceu à I Liga, mas um 3º lugar no ano seguinte valeu nova subida ao top’12 em 2010 e novo 11º lugar em 2011. De então para cá, a seleção foi sucessivamente 5ª (em 2013), 8ª (2014), 5ª (2015) e 6ª (2017), sempre longe da descida à II Liga numa competição agora realizada de dois em dois anos e com quatro divisões: Superliga (12 seleções), I Liga (12), II Liga (12) e III Liga (as restantes). Estas classificações nacionais correspondem aos 17º a 20º lugares entre 46/47 países presentes no conjunto das quatro divisões.
Vânia Silva vai igualar recorde de presenças
Lançadora de martelo da seleção em todas as edições desde 1999, inclusive, Vânia Silva leva já 17 presenças na Taça da Europa/Europeu de Seleções e prepara-se para igualar as 18 presenças de Teresa Machado no peso/disco entre 1987 e 2007, recorde entre os atletas nacionais. Vítor Costa, com 15 presenças (no martelo), é o recordista masculino.
Dos atletas selecionados, Patrícia Mamona (triplo) e Irina Rodrigues (disco) atuarão pela 7ª vez e Vítor Ricardo Santos (400 m), Paulo Conceição (altura), Cátia Azevedo (400 e 4×400 m) e Vera Barbosa (4×400 m) pela 5ª vez.
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