Salomé Rocha ficou em 28º lugar
Com início às 23.59 locais, menos duas horas em Portugal, a maratona feminina disputou-se em condições atmosféricas impróprias para a prática desportiva. 30º C e 73% de humidade esperavam as 68 atletas à partida.
Numa prova com estas caraterísticas, os tempos obtidos não tiveram naturalmente nada a ver com a real valia das atletas.
Iniciada a prova, o andamento só espevitou um pouco ao terceiro quilómetro com um ataque de duas quenianas. Formou-se então um grupo com cerca de 15/20 unidades que se foi desfazendo ao longo do percurso. À hora e meia de prova, já só havia um quarteto formado por duas quenianas, Ruth Chepngetich e Edna Kiplagat, a namibiana Helalia Hojannes e a barenita Rose Chelimo.
Às 2h07m de prova, Ruth Chepngetich desferiu um ataque que desfez o quarteto onde seguia. Rapidamente ganhou avanço, seguida a alguma distância por Rose Chelimo. Aos 36 km, o avanço de Ruth era de sete segundos, avanço esse que foi aumentando quilómetro após quilómetro. Aos 40 km, era já de 30 s para se fixar em 1m03s na meta.
A bielorrussa Volha Mazuronak, campeã europeia da maratona, foi a primeira europei ao chegar em 5º lugar.
A portuguesa Salomé Rocha foi uma das muitas atletas que passou por grandes dificuldades, tendo por vezes caminhado para recuperar energia. Acabou em 28º lugar (9ª europeia) com 2.58.19, bem longe do que vale. Mas o mesmo se passou com todas elas. Apenas 31 atletas terminaram em menos de três horas com a última (40ª) a ser a croata Gabriela Traña com 3.19.13.
Classificação das 5 primeiras
1ª Ruth Chepngetich (Quénia) 2.32.43
2ª Rose Chelimo (Bahrain) 2.33.46
3ª Helalia Johannes (Namíbia) 2.34.15
4ª Edna Kiplagat (Quénia) 2.35.36
5ª Volha Mazuronak (Bielorrússia) 2.36.21