Longe vão os sapatos de corrida de 1860 como apresentamos nesta foto. Há já alguns anos que se discute a evolução da tecnologia nos sapatos de corrida. Este tema voltou à baila depois de alguns resultados obtidos no Mundial de Doha e sobretudo, pelo tipo de sapatos utilizados por Eliud Kipchoge na maratona de Viena no passado sábado.
Segundo o ‘The Times’, um grupo de atletas de elite já apresentou uma queixa formal junto da IAAF, por considerar que os sapatos de topo da Nike (nomeadamente as Vaporfly 4% e as Next%) concedem aos corredores que as utilizam “vantagens injustas” no rendimento desportivo.
A IAAF estuda a possibilidade de rever o artigo 143.2 da regulamentação de competição. Para o efeito, existe um grupo de assessores composto por atletas, advogados, cientistas e entendidos na competição. Sebastian Coe já disse em Agosto que será difícil mas que é importante atualizar este tema. “Seguramente que haverá uma resposta técnica antes do final do ano mas não apenas com os sapatos de uma marca. Devemos ser cuidadosos”.
O objetivo da IAAF é assegurar uma norma clara acerca do uso e evolução dos sapatos, garantindo a democratização do atletismo, sem diferenças competitivas significativas entre os desportistas segundo a marca que os patrocinam.
Não me parece de todo que a hipotética vantagem dos principais modelos da Nike seja uma vantagem injusta. Os outros modelos de outras marcas que evoluam também… Esta acusação mais parece um golpe publicitário para a Nike vender mais.