Os responsáveis da cidade de Tóquio não escondem o seu desagrado para com o Comité Olímpico Internacional acerca da decisão em mudar a maratona e a marcha para Sapporo, sem consultar a cidade nem a Organização local.
A Governadora de Tóquio, Yuriko Koike, não esconde o seu desagrado e assegura que não são necessárias mudanças, perguntando quem pagará os custos desta mudança. E não descarta a hipótese de exigir uma indemnização por danos e prejuízos.
Segundo membros de um partido político que faz parte do governo metropolitano, a transferência para Sapporo da maratona e da marcha custará cerca de 310 milhões de dólares. O COI assegura que promove a mudança pensando primeiro na segurança dos atletas devido ao calor abrasador do verão de Tóquio.
Em declarações à Associated Press, o governo da cidade de Tóquio disse que quer ter “uma evidência científica suficiente” para justificar a mudança. Também perguntou se o COI considerava outra cidade para além de Sapporo.
O COI teme que os espetadores na TV vejam uma repetição do recente Mundial em Doha, onde 28 dos 68 atletas masculinos não terminaram a maratona e 18 em 73, a feminina.
“Reconhecemos e entendemos que o calor é um fator muito importante mas não acreditamos que neste momento, represente um risco excessivo”, disse uma autoridade local.
Já o presidente do Comité Organizador de Tóquio 2020, Toshiro Mori, ex-primeiro ministro japonês, parece estar do lado do COI. “Não é uma questão de bom ou mau, há que aceitá-lo”, disse.