Com as sapatilhas Nike Vaporfly Next% a serem alvo de grande polémica, a Adidas contra atacou no início do ano com o queniano Rhonex Kipruto, novo recordista mundial dos 10 km em estrada com 26m24s no passado domingo em Valência.
Kipruto calçou então umas Adizero Takumi Sem 5, sem a placa de fibra de carbono e com a espuma Boost, a grande aposta da marca alemã para ter “um retorno de energia sem fim e com uma juste ao pé como uma luva”.
Estas novas sapatilhas da Adidas foram desenhadas pelo japonês Omori e têm um preço de mercado de 159 euros.
O triunfo de Kipruto, reabre o debate que estava dominado pelo modelo da Nike. Por exemplo, das seis Majors de 2019, entre homens e mulheres, dez dos vencedores correram com as Vaporfly Next% e as 4%, os modelos de fibra de carbono da Nike. Duas vencedoras, Worknesh Degefa (Boston) e Joicyline Jepkosgei (Nova York) correram com Adidas.
As de Jepkosgei foram do mesmo modelo (as Takumi Sem 59) agora utilizado por Rhonex Kipruto. A vencedora feminina, Sheila Chepkurui, também correu com Adidas. Outras marcas já se lançaram também no ataque ao mercado à Nike.
A World Athletics/IAAF criou uma comissão para analisar este avanço tecnológico das sapatilhas e os reais benefícios que possam obter, face à norma 143.2 que diz. “umas sapatilhas não devem estar construídas de modo a proporcionar a um atleta uma ajuda ou vantagem injusta. Qualquer tipo de calçado deve estar razoavelmente ao alcance de todos, tendo em vista o espírito da universalidade”.
As sapatilhas podem ser o mais evoluídas possível a nível tecnológico mas se os atletas não forem muito bons…