Segundo anuncia o jornal britânico The Guardian, a World Athletics/IAAF não vai proibir as famosas sapatilhas da Nike Vaporfly mas não permitirá novos modelos semelhantes até aos Jogos Olímpicos de Tóquio.
A World Athletics já comunicou que a sua decisão será tomada até ao final deste mês. As opções em cima da mesa são três: proibição, definição de regras mínimas e autorização total. Segundo revela The Guardian, a decisão estará tomada: as Vaporfly até agora no mercado (4% e Next%) não serão proibidas mas também não serão permitidos a apresentação de novos protótipos até Tóquio.
Foi com estas “sapatilhas mágicas” que Eliud Kipchoge bateu o recorde mundial da maratona em Berlim 2018 (2h01m39s com as 4%) e Brigid Kosgei bateu o recorde feminino em Chicago 2019 (2h14m04s com as Next%).
Alguns experts falam de uma melhoria superior a 4% ou 5%. 31 dos 36 pódios em grandes maratonas foram conseguidos com estes sapatos.
Esta possível decisão da World Athletics poderá afetar negativamente as Alphafly, ainda não comercializadas e que foram utilizadas por Kipchoge no desafio de Viena em que correu a maratona em 1h59m40s.
Fica ainda a dúvida com o que vai suceder com as sapatilhas de pista que já foram utilizadas por alguns atletas da Nike nos Mundiais de Doha e que tinham tecnologias semelhantes às da Vaporfly.
Experts como Yanis Pitsiladis chamam às Vaporfly “doping tecnológico”. Outras marcas como Adidas, Hoka e Saucony já lançaram as suas próprias sapatilhas com fibra de carbono.
A World Athletics fez declarações prévias em que assegura que não haverá limitações para a modalidade, nem sequer com as Alphafly. “Não é nosso trabalho determinar o mercado das sapatilhas para todo o mundo. Se as pessoas querem correr uma maratona com Vaporfly ou qualquer outro calçado, não é nosso trabalho impedi-lo. Mas se um atleta persegue um registo certificado, então está classificado como elite e tem de cumprir as regras”.