Maria Lasitskene continua a sua campanha em defesa do atletismo russo depois da decisão da AMA em suspender a Rússia de qualquer competição internacional durante quatro anos.
A saltadora em altura lamentou na sua conta do Instagram a sua ausência no meeting de Cottbus. “Querida gente de Cottbus, estou muito dececionada de não poder ir este ano. Todavia, não sei porque estou impedida de competir a nível internacional. E estou destroçada por estar fora da competição por causa dos erros de outros. Isto não pode estar a passar-se em pleno século XXI”.
Lasitskene mostrou-se mais contundente numa entrevista ao canal russo RT, onde criticou as medidas tomadas e que prejudicaram o atletismo do seu país. “A Federação Russa de Atletismo e os desportistas, estamos num estado lamentável. Antes, permitiam-nos participar como neutros mas agora, fomos proibidos. Não podemos participar em competições internacionais. Alguns organizadores estão interessados em que os atletas russos participem, já que algumas disciplinas não são tão interessantes sem os desportistas russos”.
Lasitskene confia que a situação dos atletas russos melhore antes do Verão e que pelo menos, possam competir sob bandeira neutra. “Apresentámos um apelo ante a sanção da AMA mas não serviu de nada. Agora, lutamos para que a Federação Russa de Atletismo restaure os nossos direitos e regressemos à família do atletismo mundial. Esperamos que as coisas melhorem na Primavera e que, como mínimo, possamos iniciar o verão sob bandeira neutra. A situação chegou a um ponto que para nós, isso já é um sonho. Faremos o possível para que isto melhore”.
No entanto, Lasistkene manifestou que preferia competir com a bandeira do seu país. “Para um desportista, competir sob a bandeira neutra é uma vergonha. Lutarei até ao final para alterar a situação do atletismo russo”.