Após a demissão do Comité Executivo da Federação Russa de Atletismo (FRA), um grupo de trabalho liderado pelo Comité Olímpico da Rússia passou a comandar a entidade ao mesmo tempo que tenta afastá-la da crise causada pelo escândalo devido ao doping institucional no país.
A FRA tem sido acusada de comandar o sistema e dar cobertura aos envolvidos há mais de quatro anos. A entidade foi suspensa pela Federação Internacional em Novembro de 2015 e a punição já foi prolongada por 13 vezes.
O Presidente do Comité Olímpico da Rússia, Stanislav Pozdnyakov vai comandar o grupo de trabalho. A primeira missão será organizar uma Conferência Extraordinária no dia 28 de Fevereiro para escolher o novo presidente da Federação. O Comité já havia pedido a completa substituição das lideranças da FRA em Novembro.
– “O nosso objetivo é normalizar a cooperação com a Federação Internacional para reestabelecer a FRA como membro da entidade”.
A Agência Mundial Antidoping (WADA) decidiu excluir a Rússia das grandes competições desportivas durante quatro anos por falsificação de dados dos controles entregues à entidade. Assim, o país não poderá ser representado nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e de Inverno de Pequim 2022, além de Mundiais em todas as modalidades.
A Rússia também não poderá organizar campeonatos desse nível no seu território.
O país entrou com um recurso no Tribunal Arbitral do Desporto, tentando cessar a suspensão. A WADA solicitou depois que a audiência seja pública devido ao interesse de vários agentes do desporto mundial. A data ainda não foi anunciada.