Em jeito de rescaldo, apreciaremos, de forma resumida, a atuação de cada uma das oito equipas masculinas e oito femininas que no fim-de-semana disputaram em Braga o Nacional da I Divisão.
MASCULINOS:
1° BENFICA (101 p.): Foi a oitava vitória nos últimos nove anos (terceira consecutiva) e pela folgada margem de 11 pontos, fruto de uma superioridade de 10-3 vitórias no despique direto com o Sporting e de dois quartos lugares dos “leões”. O Benfica só não ganhou três provas, uma delas (altura) devido à ausência de Paulo Conceição. As outras foram na marcha e nos 60 m. Destaque para os dois triunfos de Isaac Nader (800 e 1500 m) e para as marcas de Ivo Tavares no comprimento (7,88), Tsanko Arnaudov no peso (20,59) e da equipa (com um estrangeiro) de 4×400 m (3.15,09).
2º SPORTING (90 p.): Embora a equipa esteja enfraquecida face à das últimas épocas, esperava-se melhor. Só três vitórias (Carlos Nascimento nos 60 m, Tiago Pereira na altura e o “eterno” João Vieira na marcha) e descidas aos quartos lugares nos 400 m (Leandro Fevereiro, com um “toque”, fez falta) e nos 4×400 m (a equipa ter-se-á “distraído”, não contando com a série seguinte…). Nelson Évora está longe do seu melhor.
3º SC BRAGA (54 p.): Regressou ao pódio, depois dos terceiros lugares de 2017 e 2018, derrotando a J. Vidigalense por três pontos e por 7-6 nos despiques diretos. Destaque para os terceiros lugares de Edi Sousa (60 m), João A. Lopes (1500 m), Hugo Almeida (3000 m), Valter Pinto (comprimento) e Carlos Veiga (triplo). Negativos os 7º lugares nas barreiras e marcha e o último na vara.
4º J. VIDIGALENSE (51 p.): A equipa leiriense, terceira há um ano, repetiu o 4º lugar de 2018 (depois de dois quintos nos anos anteriores) e ficou perto do pódio. Teve dois terceiros lugares, através de Rafael Correia (60 bar.) e Daniel Santiago (peso) mas um sétimo (altura) e um oitavo lugares (4×400 m).
5º CA SEIA (46 p.): Repetiu o 5º lugar do ano passado, tendo três terceiros lugares (Nelson Pinto na altura, Rui Coelho na marcha e equipa de 4×400 m) e um quarto (António Rodrigues nos 800 m), tendo como pontos negativos três sétimos e dois oitavos lugares. A J. Vidigalense ficou apenas a cinco pontos.
6º GRECAS (45 p.): Sétimo há um ano, subiu agora a sexto (e a um só ponto do 5º lugar), a melhor classificação de sempre desde os 5º postos de 2002 e 2004. A equipa cometeu a proeza de ser segunda nos 4×400 m e esteve igualmente bem nos terceiros lugares de Pedro Mirassol (400 m), Tomás Silva (800 m) e Celso Almeida (vara). Mas, em contrapartida, somou três sétimos e três oitavos lugares…
7º JARDIM DA SERRA (41 p.): A formação madeirense fora 4ª, 7ª, 6ª e 6ª nos últimos quatro anos e repetiu agora o 7º posto. Apenas em quatro provas ficou na primeira metade, com um 2º lugar (Bernardo Pereira nos 400 m em foco) e três quartos postos. E em cinco provas foi última (4) ou penúltima (1).
8º MAIA AC (40 p.): Nos últimos 15 anos, esteve três vezes na I Divisão e sempre na última posição, embora desta vez por um escasso ponto. Marcos Caldeira, quarto no comprimento e triplo, alcançou as únicas posições na primeira metade. Mas apenas nos 400 e 800 m a equipa foi última.
FEMININOS:
1º SPORTING (100 p.): Campeão pelo 10ºano consecutivo (e pela 25ª vez nos últimos 26 anos!), tinha o título praticamente garantido, ficando por saber-se quantas provas não ganharia. Foram três: a bracarense Mariana Machado derrotou a romena Claudia Bobocea nos 1500 m e Ana Ferreira (que foi 3ª) nos 3000 m – o Sporting não utilizou qualquer das suas quatro melhores fundistas (umas em má condição, outras já maratonistas) – e Vitória Oliveira (ex-Sporting…) ganhou a Carolina Costa na marcha. Ficou, pois, a escassos quatro pontos do máximo.
2º SC BRAGA (82 p.): Fora 3º em 1994, 2011 e 2018 e alcançou agora a melhor classificação de sempre e com boa vantagem sobre a Juventude Vidigalense (16 pontos e 9-4 nos confrontos diretos). Destaque para as vitórias de Mariana Machado (1500 e 3000 m) e Vitória Oliveira (marcha) e para os segundos lugares de Jéssica Neto (60 m), Carina Pereira (400 m), Carla Mendes (800 m) e Shaina Mags (comprimento). A equipa ficou abaixo do 3º lugar apenas na altura (5º) e barreiras (7º).
3º J. VIDIGALENSE (66 p.): No pódio pelo oitavo ano consecutivo, embora com as formações da Madeira a dar luta. A equipa foi 2ª na vara (Andreia Grácio), peso (Inês Carreira) e 4×400 m e 3ª em cinco provas. Mas foi última na altura e comprimento.
4º JARDIM DA SERRA (57,5 p.): Depois de três quintos e um sexto lugares nos últimos quatro anos, conseguiu agora a melhor classificação de sempre, graças a uma equipa muito equilibrada: em 11 das 13 provas ficou entre os 4º e 6º lugares, sendo quatro vezes 4ª, quatro vezes 5ª e três vezes 6ª, a pior classificação. Foi 2ª nos 3000 m e 3ª nos 1500 m graças a Joana Soares.
5º ADR ÁGUA DE PENA (52 p.): Equipa madeirense estreante (nunca participara nas I e II Divisões em pista coberta) atingiu logo o 5º lugar e só na 2ª jornada terá perdido as esperanças de chegar ao pódio. Destaque para o segundo lugar de Elisabete Silva nas barreiras e para os terceiros de Cláudia Rodrigues na altura e de Scarlett Saleiro no comprimento. Ao invés, a equipa não esteve presente nos 3000 m e foi apenas sétima nos 1500 m, vara e triplo.
6º GRECAS (40 p.): Melhor classificação desde os quintos lugares de 2002 e 2004. A equipa foi três vezes quarta, nos 400 m (Vera Lima), altura (Jennifer Gomes) e vara (Tânia António) e apenas em cinco provas foi última (3) ou penúltima (2).
7º GA FÁTIMA (37 p.): No regresso (seis anos depois) à I Divisão, destaque para Ana Oliveira, segunda na altura e no comprimento, a única na primeira metade. A equipa foi última em três provas e teve uma desclassificação (falsa partida) nos 60 metros que lhe terá custado a subida ao 6º lugar.
8º AC PÓVOA DE VARZIM (29,5 p.): Em estreia na I Divisão (fora campeã da II em 2018 e segunda em 2019), foi claramente última. Andreia Gomes, quarta no comprimento, obteve a melhor classificação e a equipa foi três vezes última e não compareceu nos 3000 m.