O norte-americano Christian Coleman, atual campeão do mundo dos 100 m, é uma das vítimas dos perigos provocados pela pandemia do coronavírus, treinando de forma precária, com prudência, para uns Jogos Olímpicos que ele também acredita deverem ser adiados para 2021.
“Isto do coronavírus é algo maior que o desporto. Toda a gente com quem falei, está extremamente afetado de alguma maneira por estes tempos drásticos. As pistas estão fechadas. Têm que ir a um parque e correr sobre a erva. Não podem estar próximo dos seus treinadores e grupos de treino. E isto é só os atletas. Mas que se passa com os nadadores que não podem encontrar uma piscina aberta ou os lutadores porque as pessoas não devem estar em contacto?”, disse Coleman à Agência Reuters na sua cidade natal Atlanta.
“Procuro ficar em casa tanto que puder mas não tenho outra alternativa que sair e treinar para estar preparado para quando isto tudo terminar, mas é diferente e difícil porque não estou com o meu grupo de treino”, disse Coleman que tem o seu treinador Tim Hall a quase 700 km de distância.
“Espero que adiem os Jogos para o ano que vem. Há que haver uma nova data e que a escolham bem. Inclusive, se isto acabasse em quatro meses, não creio que muita gente se sentisse cómoda ao ver entrar todo o mundo na Vila Olímpica”.
Na sua opinião, os Jogos deviam ser adiados para 2021. “É um pouco stressante porque estou a preparar-me o melhor que posso e a manter-me a salvo”.
As condições de treino são as possíveis: “tenho de saltar uma cerca de uma escola secundária ao virar da esquina para utilizar uma pista fechada. A maioria dos ginásios estão fechados por aqui, assim, tens de conhecer alguém que conheça alguém que tenha um ginásio e que te deixe entrar”.