O ex-atleta olímpico espanhol Andreu Ballbé, de 67 anos, é o proprietário da empresa ChampionChip que controla a cronometragem de 250 corridas populares na Catalunha. Ele está convencido de que a pandemia pode “matar” as grandes corridas populares. Com apenas 17 corridas disputadas este ano entre as 250 previstas, a inatividade criada pelo coronavírus já obrigou a cancelamentos de grandes provas como a do Corte Inglês que já tinha 40 mil inscritos, a alteração da data da Maratona de Barcelona com 17 mil para 25 de Outubro ou a Corrida dos Bombeiros com 6.000 para 29 de Novembro.
Ballbé perguntou: “Em Outubro ou Novembro, onde também está a Jean Bouin com mais de 10.000 corredores, pode-se dar a saída a provas de quase 20.000 corredores? Se não for assim, isto será um verdadeiro desastre e uma verdadeira mudança social e desportiva para o desporto popular”.
Para Ballbé, é impensável que com as medidas de distanciamento, se disputem provas populares com saídas de corredores de dois em dois ou três em três porque “quebraria o encanto da saída em grupo e seria como uma prova contra-relógio e, com 10.000 ou 15.000 corredores, a saída seria eterna e quase impossível”.
Para Ballbé, o que mais o preocupa “é sabe quanto tempo deverá passar para ter reuniões atléticas ou corridas populares como as nossas quando acabar o confinamento. É uma verdadeira incerteza”.
As dúvidas de Ballbé são certamente as mesmas dos organizadores das provas populares em Portugal. Como vai ser no nosso país? Como será o regresso às provas após o fim do estado de emergência?
Lembramos que na China já se realizou em Março uma prova de 6 km em Chengdu, capital da província de Sichuan. A prova teve cerca de mil participantes locais e quase todos eles correram com máscaras.
Os corredores e os membros da Organização tiveram de mostrar os seus certificados de saúde e submeteram-se a controlos de temperatura antes do início da prova.
Para manter a distância entre si, os corredores dividiram-se em dez grupos que partiram a cada dois minutos.