O mundo do desporto também se uniu na luta contra o racismo após o assassinato de George Floyd pela polícia de Minneapolis. Uma união que tem feito recordar a célebre imagem dos Jogos Olímpicos do México 1968, quando Tommie Smith e John Carlos ergueram o seu punho com luva negra no pódio da prova dos 200 metros, em protesto contra a discriminação racial.
Quase 50 anos depois, o Comité Olímpico Internacional não permite qualquer tipo de protesto ou reivindicação, tal como diz o artigo 50 da Carta Olímpica: “Não se permite nenhum tipo de demonstração política, religiosa ou propaganda racial nos sítios, lugares ou zonas olímpicas”.
Agora, o COI já admite poder estudar a situação em casos futuros. Enquanto tal, Sebastian Coe, presidente da World Athletics, prestou declarações ao The Independent, mostrando-se partidário em aceitar que os atletas possam manifestar as suas reivindicações e protestos, sempre que o façam com respeito. “Estou relutante a impedir que os atletas possam expressar as suas opiniões e sinto que a geração atual está mais disposta a falar que outras gerações anteriores. Não há nada no Código de Integridade de Conduta da World Athletics que impeça os atletas de protestar, sempre e quando o façam de uma forma respeitosa, sem afetar os outros atletas e sem manchar o nosso desporto”.
Coe mostrou-se ainda partidário nas redes sociais de que o desporto unirá a sua voz para lutar contra problemas como o racismo.