Dedico a “Maratona dos Heróis” a todos os profissionais de saúde e a dois amigos, o Nuno Espírito Santo que nos deixou em 2 de Dezembro e o João Lima, que não sabe quando vai poder voltar a correr.
A pandemia do coronavírus suspendeu-nos as corridas, o convívio, o prazer de cortar a meta, o superar mais um objetivo. Ficaram por agora as Corridas Virtuais que não têm, nem de perto nem de longe, o mesmo significado. Mas à ausência de melhor…
Sou um dos muitos que também aderiram às Corridas Virtuais. Tenho feito as do Maratona CP, da Xistarca e a Corrida de Santo António, da HMS. Quem diria há escassos três meses que com um simples treino de 5 ou 10 km, podíamos estar a correr ao mesmo tempo para duas ou três Corridas Virtuais em locais diferentes!
Acabei há menos de uma hora de completar a minha “Maratona dos Heróis”. Foram 42,195 km distribuídos por cinco treinos (10+7,2+10+5+10) em sete dias. Mais do dobro do que treino habitualmente, duas vezes meia hora à 3ª e 5ª feira e uma hora ao domingo.
O andamento nos treinos/corridas virtuais foi rigorosamente o mesmo, devagar, devagarinho. Quase a entrar no escalão de M70, lembro a constatação de vários atletas mais velhos quando me diziam “Eh pá, quando chegamos aos 65 anos é que começamos a quebrar a sério”. Mas não me importo nada com isso. O tempo dos recordes pessoais há muito que pertence à história, só quero chegar ao fim sem lesões e sentir-me bem.
Por isso, nesta fase complicada que atravessa o mundo, quero dedicar a minha “Maratona dos Heróis” a todos os profissionais de saúde que têm de forma abnegada, dado o seu melhor pela preservação da nossa saúde contra um vírus que não escolhe idades ou classes sociais.
Quero dedicar ainda a todos aqueles que por razões várias, já não podem correr. E muito particularmente a dois amigos, ao Nuno Espírito Santo que nos deixou em 2 de Dezembro e ao João Lima, que devido a uma condropatia, teve de parar de correr, aderindo às caminhadas enquanto não surge a cura para o seu problema.
E finalmente, agradecer a todas as Organizações que sem custos para os participantes, têm posto de pé estas Corridas Virtuais, mantendo viva a chama das corridas, ainda que virtuais.
Há-de chegar o dia em que vamos voltar a encontrarmo-nos todos, a sorrir encantados por nos revermos, muito felizes por cortarmos a meta. Mesmo que com novas regras enquanto o coronavírus não se for embora de vez.
Meu querido amigo Sequeira, este teu artigo mexeu muito comigo.
Muito obrigada pela pessoa maravilhosa que és.
A nossa estrelinha de certo ficou muito orgulhoso pela dedicatória.
O Nosso grande amigo e atleta João Lima é igualmente uma pessoa maravilhosa e com uma força incrível.
Muito obrigada uma vez mais. És uma pessoa única. Muitos parabéns amigo.
Olá menina,
Eu “arrumei” as maratonas “reais” em 2014 quando fiz a 25ª. Fazer agora esta virtual nas condições em que vivemos, teve um grande significado para mim. Daí ter dedicado a quem dediquei, muito do fundo do coração. espero ver-te nas corridas reais quando elas voltarem. Beijinhos