O vício em doces, em especial os com açúcar refinado, pode ser comparado ao efeito causado pela cocaína e outras drogas no cérebro. A libertação de dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer, bem-estar e outras importantes emoções é o principal responsável pela dependência do corpo.
O excesso pode levar a pessoa a desenvolver diabetes. Ao longo dos anos, isso implica automaticamente, com o aumento do peso e excesso de gordura corporal, principalmente a visceral, que pode levar a síndrome metabólica englobando hipertensão, doenças cardiovasculares e colesterol elevado.
Recomendação da Organização Mundial de Saúde
Sabia que segundo a OMS, uma pessoa deveria consumir apenas 50 g de açúcar por dia? Tal, acontece dificilmente, já que os alimentos industrializados costumam ter grande quantidade do nutriente de forma oculta.
Exemplos
- 1 lata (350 ml) de refrigerante contém 40 g de açúcar;
- 1 pacote de bolachas recheadas contém em média 55 g de açúcar;
- 1 pacote de bolinhos (2 unidades) contém 48 g de açúcar.
Como sabemos, estes alimentos estão muito presentes nas lancheiras infantis.
O vício
Quando a necessidade pelos doces se torna diária, é preciso estar atento. Não há problema se de vez em quando, a pessoa comer um doce. Mas, quando ficar fora do controle e forem relatados sintomas físicos como dor de cabeça e fadiga, observe. Percebe-se o vício quando vemos que não é possível viver sem aquilo, sentindo que só através dos doces se obtém prazer, chegando até mesmo a afetar a vida social.
Aprenda a substituir
As opções caseiras são sempre a melhor escolha, pois é possível controlar a quantidade e a qualidade do açúcar, escolhendo o mascavado e o amarelo (que não sofrem o processo de refinação igual ao branco).
Também pode-se utilizar frutas maduras como a banana para adoçar a receita, ou frutas secas como uva passa. Se necessário, existem opções de adoçantes naturais que, quando utilizados em receitas no forno e no micro-ondas, não são prejudiciais à saúde. Porém, devem ser utilizados com moderação, pois podem desencadear gases e diarreia.
Podem-se criar estratégias. Primeiro, fazer trocas inteligentes. Comer menos gordura, trocar o doce pela fruta e diminuir aos poucos, aprendendo assim a controlar as suas atitudes”.
Chega de vício!
Enfim, pode-se utilizar o mesmo método de “desmame” de medicamentos. “Deve ocorrer aos poucos e em doses cada vez menores, até a necessidade diminuir realmente. É difícil cortar os doces completamente da vida e nem se recomenda tal, mas o excesso não é saudável, devemos tratar antes a nossa mente.