(Foto de arquivo)
Como era praticamente certo, Benfica, no setor masculino, e Sporting, no feminino, sagraram-se (pelo 10º ano consecutivo) campeões nacionais da I Divisão, com vantagens que ultrapassaram as expetativas: o Benfica ganhou 15 das 18 provas masculinas e terminou com 23,5 pontos de vantagem sobre o Sporting; o Sporting foi vencedor de 13 das 18 provas femininas e concluiu com 33 pontos a mais que o Benfica. SC Braga (masculinos) e J. Vidigalense (femininos) confirmaram os terceiros lugares dos últimos anos.
No setor masculino, o Benfica evidenciou grande superioridade, ganhando 15 das 18 provas e só perdendo duas face ao Sporting. As exceções foram o lançamento do disco, com triunfo de Edujose Lima SCP (56,04) sobre Emanuel Sousa SLB (53,98); os 3000 m marcha, com a esperada vitória de João Vieira SCP (12.43,50) sobre Pedro Isidro SLB (13.11,14); e o caso especial dos 1500 metros, com inesperado triunfo de Francisco Rodrigues (SC Braga), que em Guimarães gastou 3.53,11 (contra 3.59,34 de Ricardo Pereira, J. Serra) e beneficiou da corrida tática de Lisboa, na qual Isaac Nader SLB (3.56,99) apenas se preocupou em ganhar ao sportinguista Luís Monteiro (3.59,82), esquecendo-se que noutras pistas também se corria…
Na jornada da tarde, registaram-se triunfos normais de Delvis Santos nos 200 m (21,40/+2,0), sobre André Costa (C Bf Faro), que gastou 21,51 e Omar Elkhatib, Sporting, com 21,67; André Pereira nos 2000 m obstáculos (5.28,99), à frente de Fernando Serrão (Sporting), com 5.39,38; Lucírio Garrido nos 400 m barreiras (50,48), sobre André Sá (C BF Faro), com 52,46; Gerson Balde na altura (2,15, tentando depois 2,21) sobre Tiago Pereira (Sporting) e Francisco Barreto (SC Braga), ambos com 2,09; Marcos Chuva no comprimento (7,33/+3,3) sobre André Pimenta (J Vidigalense), com 7,25 (+3,8); e Leandro Ramos no dardo (70,43 num só lançamento) sobre Ilírio Nazaré (Sporting), com 62,00.
Já o Sporting mostrou-se muito debilitado, ganhando apenas uma prova (disco) e falhando o 2º lugar em cinco (incluindo um 5º posto nos 400 m barreiras, onde apresentou um atleta juvenil, e um 6º no comprimento). A diferença final de 23,5 pontos (140,5-117) entre Benfica e Sporting é elucidativa e a maior dos últimos cinco anos.
No setor feminino, o Sporting ganhou 13 das 18 provas e concluiu com folgados (e esperados) 33 pontos sobre o Benfica, que se limitou a duas vitórias individuais (800 e 1500 m, na jornada da manhã) e a três vitórias nos despiques diretos com o Sporting (mais os 2000 m obstáculos). O Sporting foi apenas 5º nesta prova, enquanto o Benfica desceu a 5º na altura, 7º na vara e 8º nos 400 m barreiras. Na jornada da tarde, destaque para novo triunfo de Lorène Bazolo (23,38) sobre a benfiquista Arialis Martinez (23,59), numa prova com vento em excesso (+3,3), o que aconteceu com a generalidade das provas no Estádio Universitário de Lisboa. Triunfos normais (e folgados) de outras sportinguistas: Vera Barbosa nos 400 m barreiras (57,84); Marta Onofre na vara (3,80, tentando depois 4,05); Patrícia Mamona no triplo (13,64/+2,8 m/s no único ensaio válido); Jéssica Inchude (que substituiu Auriol Dongmo) no peso (17,23 e mais três lançamentos acima de 17 m), contra 16,77 de Eliana Bandeira (SLB); e Vânia Silva no martelo (58,72). Nos 2000 m obstáculos, ganhou Joana Soares (J. Serra), com 6.15,14; nos 1500 m, a bracarense Manuela Machado (em Guimarães) gastou 4.20,99, contra os 4.21,20 de Salomé Afonso (Sporting), em Lisboa; e nos 3000 m marcha, a fechar os campeonatos, novo triunfo bracarense, por Vitória Oliveira (13.11,05).
Nas lutas pelo 3º lugar, o SC Braga confirmou os pódios masculinos dos dois anos anteriores, mas com apenas dois pontos de vantagem sobre a J. Vidigalense (75,5-73,5). Grecas e Jardim da Serra repartiram o 5º lugar (63 p.), seguidos da Casa de Benfica de Faro (81) e do Água de Pena (54,5).
No setor feminino, o Sporting deixou o Benfica a 33 pontos (134-101) e a J. Vidigalense não só esteve no pódio pelo 9º ano consecutivo (duas vezes foi 2ª) como se aproximou a escassos 6,5 pontos do Benfica (101-94,5). O SC Braga foi 4º (78 p.), seguindo-se as três formações madeirenses, com o “título regional” a ir (tal como no setor masculino) para o Jardim da Serra (5º com 77,5 p.), seguindo-se Estreito (62,5 p.), Água de Pena (55 p.) e Grecas (43,5 p.).
Entretanto, o Nacional da II Divisão foi equilibradíssimo, em especial no setor masculino, no qual o CA Seia (96,5 pontos) ganhou com um ponto de vantagem sobre AC Póvoa de Varzim (96) e ponto e meio sobre o NA Cucujães (95). No feminino, o GA Fátima ganhou com 109 pontos, contra 103 do GR Eirense e 101 do Maia AC.
Na III Divisão, os campeões foram mais folgados: o GR Eirense somou 110 pontos no setor masculino, contra 102 do CA Mazarefes, enquanto a Academia de Valdevez, com 106,5 pontos, se sagrou campeã feminina, à frente do UFC Tomar, com 98.
Em próximos artigos analisaremos mais em detalhe a atuação das equipas da I Divisão e a forma como decorreram os Nacionais das II e III Divisões.