Realizou-se ontem uma reunião (por vídeo-conferência) entre a Associação Portuguesa de Organizadores de Provas de Atletismo (APOPA) e a Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, com o objetivo de analisar-se o futuro das provas populares.
Pela APOPA, estiveram presentes, o seu presidente Fernando Andrade, o vice-presidente Jorge Teixeira (Run.porto) e o presidente da Assembleia Geral, António Campos (Xistarca).
Pela Secretaria de Estado, estiveram presentes, o seu adjunto Nuno Laurentino e Diana Santos (SEJD).
A APOPA chamou a atenção para a Orientação nº 30/2020 da Direção Geral de Saúde emitida no dia 25 não contemplar as competições de massas na via pública. A Secretaria de Estado explicou que a Orientação só se aplicava ao desporto federado, o que pareceu dúbio à APOPA. A razão reside nas corridas poderem ser consideradas no quadro das atividades federadas dado que os seus regulamentos são avalisados pela FPA. Mas, à luz da Orientação nº 30/2020, o atletismo é uma modalidade de risco baixo e, dada a especificidade da corrida, merecia uma diretiva mais adaptada à modalidade.
Nuno Laurentino informou que o ideal seria elaborar-se um modelo exequível de plano, que fosse homogéneo, consolidado, rigoroso e seguro para estas modalidades (atletismo e ciclismo) praticadas por muita gente em simultâneo, por forma a facilitar a DGS na adoção de critérios comuns. Mostrou-se disponível para, em articulação com a APOPA e a FPA, trabalhar-se num documento e submetê-lo à DGS, tendo como objetivo a atribuição de um “selo de segurança” às provas que o cumprissem.
Diana Santos informou que a SEJD vai levar a efeito em finais de Setembro, a Semana do Desporto, em que poderão ser avaliadas condições de segurança e adequar as orientações a aplicar ao exercício das modalidades.
Dada a sua experiência na organização de provas, a APOPA mostrou-se disponível para dar contributos para o regulamento da citada Semana do Desporto.
A APOPA e a Secretaria de Estado vão estar em sintonia, relativamente às diligências tomadas e a tomar.
Ficou a esperança do regresso das provas populares, ainda que necessariamente em novos moldes que respeitem as regras sanitárias.