Eram 10 horas de Portugal quando o catalão Kilian Jornet iniciou na pista de tartan de Mandalen, na Noruega, a sua tentativa de bater o recorde mundial das 24 horas em pista. Jornet, sete vezes campeão mundial de corridas de montanha, tentava bater o recorde do grego Yiannis Kouros com 303,506 km desde 1997.
Mas pelas nove horas da noite (em Portugal), Jornet anunciou a sua desistência devido a problemas num joelho. Acabou por correr 134,8 km em 10h19m.
Jornet iniciou a corrida a zero graus centígrados, uma temperatura que foi descendo pela tarde, correndo já sem luz solar. Alcançou os 100 km ao fim de 7h23m, mais oito minutos que o parcial de Kouros quando este bateu o recorde mundial.
Às 9 horas de corrida, quem tinha corrido uma maior distância, já nem era Jornet mas sim um dos corredores convidados para que a marca pudesse ser homologada. Sebastian Conrad Hakanson completou então 120,8 km, enquanto Jornet passou com 120 km, a um ritmo de 4m38s/km e de 13,3 km/hora.
Estes parciais eram inferiores ao ritmo seguido por Kouros quando bateu o recorde pois passou então às 9 horas de corrida com 123,2 km.
Pouco antes das 10 horas de corrida, Jornet solicitou o apoio dos fisioterapeutas, devido a dores numa perna. No controlo das 10 horas, Hakansson continuava melhor que Jornet que passou com 131 km, menos 5 km que Kouros.
Com 10 horas e 19 minutos, Jornet cai e senta-se na pista para receber de imediato a assistência da sua equipa. Ele tinha então 134,80 km. Hakansson continuava a correr e já tinha uma vantagem de 7 km sobre Jornet antes das 11 horas de corrida. Meia hora depois de Jornet ter caído e sido assistido na pista, ele desistiu da tentativa de recorde. Hakansson continuava em prova.