O relatório da Agência Mundial Antidopagem destaca 1.923 violações das regras antidopagem (ADRVs) confirmadas em 2018, envolvendo indivíduos de 117 nacionalidades e em 92 modalidades. O atletismo é a 2ª modalidade com mais análises e a 3ª com mais casos de doping.
A Agência Mundial Antidopagem (AMA) divulgou um relatório correspondente a 2018, acerca do doping por países e por modalidades. São dados estatísticos que merecem uma leitura atenta.
Por países, a Rússia ocupa o primeiro lugar. Por modalidades, o culturismo e, entre os olímpicos, o ciclismo.
Lideram o ranking dos países com o maior número de violações antidopagem: Rússia (144 casos; 16%), Itália (132; 15%), França (114; 13%), Índia (107; 12%), Ucrânia (78; 9%), Estados Unidos (73; 8%), Bélgica (65; 8%), China (63; 7%), Brasil (54; 6%) e o Cazaquistão (51; 6%).
Nas modalidades, eis as dez com uma maior percentagem de violações antidoping: culturismo, com 261 (21%); ciclismo, com 221 (17%); atletismo, com 193 (15%); levantamento de peso, com 164 (13%); halterofilismo, com 157 (12%); luta greco-romana, com 67 (5%); rugby, com 57 (5%); boxe, com 57 (5%); futebol, com 56 (4%); e natação, com 39 (3%).
O relatório confirmou que os homens dopam-se mais do dobro das mulheres e que os casos cresceram em 2018 relativamente a 2017, embora sem atingir os números de 2015 e 2016, os maiores desde que a Agência começou a preparar estes relatórios em 2013.
Das 263.519 amostras colhidas em 2018 e analisadas por laboratórios credenciados pela AMA, 2.771 (1%) apresentaram um resultado analítico adverso (AAF), ou seja, encontraram alguma substância proibida no sangue ou urina dos atletas. Em 2017, tinham sido 2.749.
Entre essas AAFs, 1.640 (59%) foram depois confirmados como uma violação da regra antidopagem (ADRV) e foram sancionados após os procedimentos disciplinares correspondentes. Foram mais do que as 1.459 em 2017.
77% dessas violações antidopagem (1.269) foram cometidos por homens, 23% (371) por mulheres. Juntos, eles pertencem a 117 países e praticaram 92 modalidades diferentes.
Outros 333 (12%) casos adversos foram arquivados por motivos médicos; 381 (14%) foram encerrados por outros motivos; em 101 ocasiões (4%), o atleta foi ilibado de receber uma sanção; 316 casos (11%) ainda estavam pendentes de resolução no momento da elaboração do relatório.
77% das 2.771 análises acusando doping, corresponderam a análises em competição; As restantes em testes surpresa.
Também ocorreram 283 violações não analíticas das regras antidopagem. Destes, 246 foram cometidos por atletas e 16 por indivíduos de apoio. Esta parte é liderada pela França com 39 casos.
A modalidade com mais análises feitas em 2018 foi o futebol (38.593), seguida do atletismo (32.309) e do ciclismo (25.391). O menos analisado entre os olímpicos, foi o golfe (452) seguido da vela (700).