Jim Walden, advogado de Grigory Rodchenkov, ex-diretor do laboratório de Moscovo, que esteve por trás das revelações sobre o doping organizado na Rússia, criticou na quinta-feira a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) de reduzir para dois anos a exclusão da Rússia nas principais competições internacionais.
Reduzir a sanção de quatro anos, proposta no ano passado pela Agência Mundial Antidopagem, para dois anos “é um absurdo e imerecido“, reagiu num comunicado, acrescentando que a decisão foi tomada apesar das “provas de corrupção avassaladora, fraude de doping e obstrução da justiça”.
Walden promove a Lei Rodchenkov
“O TAS demonstrou mais uma vez que não deseja e é incapaz de lidar de forma significativa com o crime sistemático e de longa data da Rússia”, acrescentou Walden. O advogado norte-americano aproveitou a oportunidade para promover a lei Rodchenkov, uma lei polémica que permite à justiça norte-americana processar fora das suas fronteiras, qualquer pessoa envolvida num caso de doping à escala internacional.
“Que os milhões de desportistas limpos que foram e serão vítimas da trapaça de desportistas russos sujos, como resultado da decisão do dia, não se esqueçam de que existe uma nova força: a Lei de Rodchenkov dá agora ao Departamento de Justiça o poder de intervir para preencher o vazio deixado pelo TAS, que banaliza sistematicamente a corrupção de longa data e enraizada na Federação Russa”, disse ele.