Os Jogos Olímpicos de Tóquio vão ter um custo de 15,4 biliões de dólares, de acordo com a última versão do orçamento anunciado pela Comissão Organizadora, o que representa um aumento de 21% em relação ao cálculo anterior, devido ao adiamento para 2021.
O custo adicional atinge o valor de 2.800 milhões de dólares, que serão gastos principalmente na renegociação de contratos para as novas datas e a prevenção de infeções pela coronavírus.
Os custos adicionais associados ao adiamento, como a ampliação do aluguer das instalações ou despesas extras com mão de obra, ultrapassam os 1.900 milhões de dólares, enquanto cerca de 930 milhões serão destinados a medidas de prevenção do contágio entre atletas e espectadores.
“Tentamos minimizar as despesas adicionais e simplificar o evento ao máximo”, disse o CEO do Comité Organizador, Toshiro Muto, em entrevista à comunicação social.
Toshiro Muto destacou também a importância de “os cidadãos de Tóquio e do Japão entenderem para onde vão os recursos”, depois de várias sondagens terem mostrado uma crescente insatisfação dos japoneses com a realização dos Jogos a partir de 23 de Julho de 2021.
Muto defendeu ainda que os gastos adicionais “podem ser vistos como um investimento positivo” que visa a realização dos Jogos “num ambiente muito hostil” e com o objetivo de que o evento desportivo global “represente o primeiro modelo de como viver com o vírus”.
A maior parte dos custos adicionais, cerca de um bilião de dólares, será assumida pelo Governo Municipal de Tóquio, seguido pelo Executivo do Japão, que contribuirá com mais 700 milhões.
O restante das despesas adicionais virá de um fundo privado financiado pelo Comité Organizador, e para o qual se espera arrecadar mais dinheiro junto dos patrocinadores.
Muto destacou que o Comité está ainda em negociações com as 68 empresas japonesas que se comprometeram a apoiar os Jogos nas datas inicialmente previstas.
“Estamos pedindo aos patrocinadores que estendam as suas contribuições, mas ainda não chegámos a uma conclusão”, disse ele, observando no entanto, que as empresas “mostram uma predisposição positiva para expandir o seu apoio”.
Da mesma forma, a contribuição do COI em cerca de 800 milhões de dólares, aparece inalterada na última versão do orçamento, montante que havia sido previamente aumentado pelo organismo internacional para financiar a transferência da maratona e eventos de marcha de Tóquio para Sapporo (norte) para evitar o intenso calor do verão.
Os JO de Tóquio serão realizados entre 23 de Julho e 8 de Agosto de 2021, e serão seguidos pelos Paraolímpicos, entre 24 de Agosto e 5 de Setembro.