O agora suspenso laboratório de Nova Delhi registou de longe, a maior proporção de testes positivos entre os 30 laboratórios para os quais, são fornecidas as estatísticas no relatório do número de testes antidoping, recentemente publicado pela Agência Mundial Antidoping para 2019.
Uma análise no relatório mostra que das 4.228 amostras analisadas pelas instalações de Nova Delhi, excluindo as leituras relacionadas com o Passaporte Biológico do Atleta (ABP), 195 produziram resultados analíticos adversos (AAFs) ou testes positivos, Tal equivale a 4,61%.
Os números abrangem amostras analisadas por laboratórios credenciados e relatados no Sistema de Administração e Gerenciamento Antidopagem (ADAMS).
A seguir a Nova Delhi, ficou Bloemfontein, na África do Sul, com 2,66%, enquanto a maioria dos laboratórios teve taxas abaixo de 1,5%.
Uma tabela separada indica que Nova Delhi foi responsável por um total de 378 descobertas da AAF, mais de 100 do que qualquer outro laboratório da lista, embora apenas seis laboratórios analisassem menos amostras.
Uma nota de rodapé na tabela, afirma que “várias AAFs podem estar vinculadas à mesma amostra.”
Nova Delhi foi associada a 226 descobertas de agentes anabolizantes, o número mais alto, à frente de Montreal, com 152.
O laboratório na capital indiana também estava ligado a 68 AAFs para diuréticos e agentes mascarantes, cerca de 10% do total global.
Foi anunciado em Agosto de 2019 que a WADA suspendeu a credencial do Laboratório Nacional de Testes de Drogas em Nova Delhi por um prazo de seis meses. A WADA teria então, identificado não-conformidades com os padrões internacionais. Estes incluíram não conformidades em relação ao método analítico de espectrometria de massa de razão de isótopos do laboratório.
Em Julho passado, a WADA prorrogou a suspensão por um segundo período de seis meses. A última suspensão terá começado em 17 de Julho.