O Grupo Desportivo das Pedreiras foi fundado em 1971 e está localizado em Pedreiras, freguesia de Porto de Mós. Renato Almeida é o presidente do clube que tem 360 sócios e 43 atletas. Com uma aposta nos mais jovens, vem apresentando resultados agradáveis com condições de treino que deixam a desejar.
O Grupo Desportivo das Pedreiras (GDP) está localizado em Pedreiras, freguesia de Porto de Mós. O clube foi fundado em 7 de Março de 1971 por iniciativa de Joaquim Luís Vieira Júnior e como acontece com a maioria dos clubes, teve o futebol na sua génese. Começou pela participação no Campeonato do Inatel e depois, nos Campeonatos Regionais da Associação de Futebol de Leiria. Os tempos mudaram e hoje, o futebol está limitado à Velha Guarda, que permite aos antigos jogadores do clube manter uma relação de proximidade e amizade entre eles.
360 sócios e 43 atletas
Renato Almeida é o presidente do clube que tem 360 sócios que pagam 12 euros de quotas anuais. Os principais objetivos da Direção passam pelo desenvolvimento, promoção e organização de atividades culturais recreativas, sociais e desportivas.
O GDP tem atualmente quatro secções em funcionamento: Atletismo, Karaté, BTT e Futebol Velha Guarda, que movimentam 110 praticantes.
O clube federou-se na Associação Distrital de Atletismo de Leiria (ADAL) em 1998, então com alguns atletas do escalão sénior que corriam basicamente em provas de estrada.
Agora, tem 43 atletas filiados que participam em provas de pista, corta-mato e estrada, organizadas pela ADAL e pelos seus clubes filiados e ainda, em provas a nível nacional organizadas pela Federação.
Duas medalhas de bronze no Campeonato Nacional de Sub-18
Emanuel Moniz é o responsável da Secção que tem apresentado resultados que deixam o clube satisfeito. Segundo o seu presidente, “embora sejamos um clube pequenino, os nossos atletas quando entram na pista, conseguem superar e dar luta a atletas de clubes que têm condições mais favoráveis de treino”.
Renato Almeida destaca as duas medalhas de bronze conquistadas nesta última época nos Campeonatos Nacionais de Sub-18. No triplo salto, Bernardo Cunha com 13,36 m e nos 3.000 m marcha, Isa Pires com o tempo de 15.54,65.
Ainda em 2020, o clube ficou em segundo lugar na classificação de clubes a nível nacional, no Triatlo Técnico Jovem.
Objetivos ambiciosos nos escalões jovens
São ambiciosos os objetivos do clube para a nova época. “A nível individual, é trabalhar para que os nossos atletas consigam entrar no top 3 nos Campeonatos Distritais em qualquer disciplina e fazer com que os nossos juvenis consigam marcas de qualificação para as provas nacionais. Coletivamente, é estar no top 3 nos Campeonatos Distritais em todos os escalões”.
Para atingir estes objetivos, o clube conta com sete treinadores, um auxiliar e dois estagiários do curso de desporto da Escola Secundária de Porto de Mós, dividido por sectores.
Atletas do clube em destaque
É com natural satisfação que Renato Almeida refere o facto de os seus atletas serem frequentemente chamados para representar a seleção de Leiria em competições nacionais. Por exemplo, no Olímpico Jovem Nacional, André Salgueiro foi medalha de prata em 2010, Rita Vasão, medalha de ouro em 2014 e Constança Silva, ouro em 2019. Também pela seleção de Leiria, no Triatlo Técnico Nacional, Bernardo Cunha foi medalha de bronze em 2020.
Refere ainda os atletas que são detentores de recordes distritais. Só nos 3.000 m da Marcha Atlética são três: Marcelo Gomes com 15.16,96 (infantis 2010), Isa Ferreira com 17.02,88 (Infantis 2019) e Constança Silva com 21.37,90 (Iniciada 2019). Gabriel Cunha com 1528 pontos no triatlo técnico e 36,38 m no lançamento do dardo (Infantil 2019) e finalmente, Bernardo Cunha com 13,36 m no triplo salto (iniciado 2020) e 16,28 m no quadruplo salto (iniciado 2020), marca que também é recorde nacional em pista coberta.
Grupo Desportivo das Pedreiras
Concelho: Porto de Mós
Ano fundação: 1971
Presidente: Renato Almeida
Sócios: 360
Atletas: 43 federados
Técnicos: 8
Orçamento: 5.000 euros
Orçamento a rondar os 5.000 euros
O orçamento da Secção varia bastante, em função do número de deslocações a provas e do número de atletas inscritos. Mas numa época normal, o clube movimenta cerca de 5000 euros, entre pagamento de inscrições, seguros, deslocações para treinos e provas, apoio aos treinadores, apoio na recuperação de lesões de atletas e aquisição de material, sendo que 60% dessa verba é suportada pelas inscrições e mensalidades dos atletas.
O clube oferece transporte e estadia a todos os atletas que tenham de estar presentes em provas de carater nacional. Nas provas distritais, oferece o transporte e paga as inscrições.
O GDP conta com subsídios do Município de Porto de Mós e da Junta de Freguesia. Ainda um apoio extra da ADAL, referente à participação nas provas distritais e nacionais, dependendo dos resultados alcançados pelos atletas.
Os apoios das empresas têm sido inferiores ao desejado. Mas como disse Renato Almeida, “há sempre uma ou outra empresa que nos dá a mão. Por exemplo, houve uma empresa que nos ofereceu sweats para os nossos atletas usarem. Isto só é possível através do conhecimento de alguns pais que se envolvem afincadamente para o bem-estar dos nossos atletas”.
Dado os subsídios serem insuficientes para cobrir as despesas, a Direção do clube realiza alguns eventos e participa nas Tasquinhas das Festas de São Pedro de Porto de Mós. Um dos eventos organizados é um Corta-Mato que já vai em 11 edições e que tem tido cerca de 250 participantes em todos os escalões.
Melhores condições de treino precisam-se!
Renato Almeida fala-nos da falta de um piso de tartan para treinar, particularmente nas disciplinas mais técnicas. “Porque o piso do pelado não é muito favorável ao uso de sapatos de bicos, por isso temos algumas vezes, de nos deslocar vários quilómetros até Leiria para que os atletas possam ter oportunidade de treinar em condições mais próximas das que vão encontrar na competição. Também temos alguma falta de material de ginásio que daria muito jeito para os atletas mais velhos poderem progredir”.
Lá se foi uma sapatilha numa prova de corta-mato!
Estórias também não faltam aos atletas do clube. Algumas, como diz Renato Almeida, sem muita piada na hora, mas que mais tarde, dão para rir. Como uma passada com um atleta que durante uma prova de corta-mato, onde chovia bastante e com muita lama, acabou só com uma sapatilha calçada. Quando foram à procura na poça de água e lama, onde supostamente tinha perdido o outro par, não houve sinal da dita sapatilha.