O atletismo português terá em 2021 (espera-se…) dois pontos altos: a presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho/agosto, e no Campeonato da Europa de Seleções, no último fim-de-semana de maio (29/30).
Na 37ª edição desta competição coletiva por países (as primeiras 29, de 1965 a 2008, com a denominação Taça da Europa), Portugal estará pela terceira vez na Superliga, que será disputada agora por apenas oito seleções, contra as 12 que estiveram nas duas anteriores presenças, em 2009 e 2011. Uma tarefa bem complicada… mas honrosa.
Sensacional tem sido a ascensão portuguesa nesta competição ao longo destes 55 anos. A competição teve eliminatórias, meias-finais e finais nas oito primeiras edições (até 1981) passando depois a ter três grupos (com subidas e descidas), até 2008, e quatro grupos, já como Europeu de Seleções, desde 2009.
– Portugal foi último na sua eliminatória masculina nas duas primeiras edições, em 1965 e 1967, e nas duas primeiras presenças femininas, em 1973 e 1975 (não esteve nas três primeiras edições).
– As primeiras passagens às meias-finais (onde foram últimos) deram-se em 1977, tanto no setor masculino como feminino, repetindo-se em 1979 (também últimos nas meias-finais) e 1981 (penúltimos – 7º).
– Portugal foi naturalmente colocado no grupo C (o mais fraco), aquando da mudança de figurino, em 1983, mas na remodelação seguinte, em 1994 (Superliga, com 8 equipas, I Liga com 16, em dois grupos, e II Liga, com os restantes, em dois grupos), Portugal integrou a I Liga feminina logo nesse ano e a I Liga masculina no ano seguinte.
– Aquando da mudança de Taça da Europa para Campeonato da Europa de Seleções, os países foram divididos em quatro grupos (Superliga, com 12; I Liga, com 12; II Liga, com 8; III Liga com os restantes), com uma única pontuação (masculinos+femininos). Com base nas pontuações de 2008, Portugal foi incluído pela primeira vez na Superliga em 2009, sendo 11º e descendo à II Liga. Voltou a subir em 2010 (3º na I Liga) e a descer em 2011 (11º).
– Entre 2913 e 2017, Portugal ficou entre os 5º e 8º lugares na I Liga (entre 12 seleções). Em 2019 (a competição passou a realizar-se de dois em dois anos), Portugal ganhou a I Liga e subiu pela terceira vez à Superliga, que em 2021 passará a ter apenas oito seleções (em vez de 12).
Bem longe vão os tempos em que Portugal estava entre os últimos da Europa. Em 2021 competirá no grupo dos oito mais fortes, embora, naturalmente, as expetativas sejam limitadas. Portugal defrontará em Chorzow, na Polónia, as seleções da Polónia (atual campeã), Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha, Espanha e Ucrânia (por ordem de classificação em 2019). Portugal beneficiou do facto de não ter de defrontar as cinco últimas seleções da Superliga, relegadas para a I Liga (Rep. Checa, Suécia, Grécia, Finlândia e Suiça), aproveitando da melhor forma uma ocasião rara para a subida à Superliga de apenas oito seleções. A Rússia, campeã em 2015, já não participou nas edições de 2017 (Superliga) e 2019 (I Liga).
OS VENCEDORES DAS 37 EDIÇÔES
DA TAÇA DA EUROPA+EUROPEU DE SELEÇÕES
RDA (6)+Alemanha (9) 15
U. Soviética (6)+Rússia(5) 11
Grã-Bretanha 6
França 3
Polónia 2