A Agência Mundial Antidopagem (WADA) emitiu um lembrete a todas as partes interessadas de que o Código Mundial Antidopagem 2021 já entrou em vigor
Entraram em vigor a partir do dia 1de Janeiro, o Código, as novas Normas Internacionais e a Lei dos Direitos Antidoping dos Atletas.
Os documentos, sujeitos a um processo de consulta às partes interessadas, foram aprovados em 7 de Novembro de 2019, durante a Conferência Mundial da WADA sobre o Doping no Desporto, em Katowice, na Polónia.
O Código 2021, que segue as versões anteriores que entraram em vigor em 2004, 2009 e 2015, inclui uma série de mudanças nas políticas, regras e regulamentos globais antidopagem dentro das organizações antidoping (ADOs) em todo o mundo.
Ele funciona em conjunto com as oito Normas Internacionais que incentivam a consistência entre ADOs nas áreas técnicas.
A Lei dos Direitos Antidopagem dos Atletas, desenvolvida pelo Comité de Atletas da WADA, com a consulta a milhares de atletas e partes interessadas em todo o mundo, é baseada no Código 2021 e nos Padrões Internacionais. O objetivo é garantir que os direitos dos atletas sejam claramente definidos, acessíveis e aplicáveis universalmente.
“A WADA é grata às partes interessadas em todo o mundo, que contribuíram significativamente para o fortalecimento do Programa Mundial Antidoping que entra hoje em vigor”, disse o Diretor Geral da WADA, Olivier Niggli.
“Além de harmonizar e coordenar os programas antidopagem em todo o mundo, o seu objetivo é proteger o direito fundamental dos atletas em participar no desporto, livres de doping e promover a saúde, justiça e igualdade entre os atletas em todo o mundo.
“Estou convencido de que, ao reforçar os nossos esforços como uma comunidade antidoping unida, este novo programa vai ajudar a impulsionar ainda mais, o progresso dos atletas e do desporto em todo o mundo.”
A WADA também chamou a atenção para o seu Programa de Apoio à Implementação do Código, que foi lançado em Maio. Ele fornece recursos para preparar os signatários do Código e outras partes interessadas para a implementação do novo Código e Normas.
Organizações e países têm trabalhado nos últimos meses para alinhar as suas políticas com os novos regulamentos
O presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, assinou na semana passada, uma emenda ao projeto de lei antidoping do país para colocá-lo em vigor.
O Quénia introduziu leis criminais como parte da Lei Antidopagem de 2016, concedendo aos funcionários o poder de prender funcionários de apoio considerados culpados, em conexão com o doping.
Tal, incluiu a criação de uma autoridade nacional de testes, a Antidopagem do Quénia, enquanto considera o doping, um crime que poderá ser punido com prisão.
O Quénia tem um péssimo histórico de doping nos últimos anos e há pelo menos, 66 atletas do país com penas de suspensão por terem sido acusados de doping.
A Agência Antidopagem Russa também nomeou no mês passado, um novo Conselho de Supervisão, para garantir o cumprimento do Código 2021, com os novos regulamentos a proibirem representantes de organizações desportivas de serem membros de uma agência nacional antidopagem.
A RUSADA disse que a Ordem dos Advogados da Rússia e o Centro Internacional de Proteção à Saúde são os membros fundadores da Organização, com o Comité Olímpico Russo (ROC) e o Comité Paraolímpico Russo (RPC) a serem obrigados a renunciar às suas funções.
A Agência Mundial Antidopagem (WADA) já havia expressado a sua preocupação com a independência da RUSADA, devido à supervisão do ROC e da RPC na Organização. Esta situação atingiu o auge quando o Conselho de Supervisão da RUSADA demitiu em Agosto, o seu diretor-geral Yuri Ganus.