Muito positivo o Meeting Mário Moniz Pereira, realizado pela Associação de Lisboa na Nave do Jamor (e pista anexa), com alguns resultados bem surpreendentes.
Foi o caso dos 7,32 na eliminatória e 7,30 na final de Rosalina Santos (Sporting) nos 60 m, marca esta, que a coloca como 3ª nacional de sempre, a seguir a Lucrécia Jardim (7,25) e Lorène Bazolo (7,27) e igual a Severina Cravid (7,30). E foi o caso da sãotomense Agate Sousa (GA Fátima) que progrediu de 6,26 (ao ar livre) para 6,68 no comprimento, marca que em Portugal (considerando ar livre e pista coberta), apenas a recordista Naide Gomes até hoje superou. Teve ainda outros ensaios a 6,54 e 6,52. Destaque nestas duas provas ainda para Tamiris de Liz (JOMA), com 7,33 e 7,34 nos 60 m, e para Evelise Veiga (Sporting) e Patrícia Mamona (Sporting), com 6,41 e 6,20, respetivamente, no comprimento.
Mas houve mais quem se distinguisse. Tiago Pereira (Sporting) já saltou 16,75 no triplo, a sua segunda melhor marca de sempre, a seguir aos 16,94 que tem ao ar livre, sendo já o 4º português de sempre em pista coberta. Leonor Ferreira (Benfica) progrediu de 24,91 para 24,37 nos 200 m e é já a 3ª juvenil nacional de sempre. E outro juvenil, Sisínio Ambriz (Benfica), esteve bem no comprimento, que ganhou com 7,24. O decatlonista Edgar Campre (Benfica) melhorou no salto com vara, ao passar 4,75 (tinha 4,70 da época passada, também em pista coberta). A prova foi ganha por Diogo Ferreira (Benfica), que passou 5,30 e falhou (por pouco) 5,45.
Houve ainda bons despiques nos 60 m (Carlos Nascimento, Sporting, 6,76 – Frederico Curvelo, Benfica, 6,79), nos 800 m (Isaac Nader, Benfica, 1.48,95 – José Carlos Pinto, Benfica, 1.49,32) e peso (Jéssica Inchude, Sporting, 16,97 – Eliana Bandeira, Benfica, 16,94). Esperava-se bom despique também no peso masculino, mas enquanto Tsanko Arnaudov (Benfica) chegou a 20,01, Francisco Belo (Benfica) só conseguiu um ensaio válido, a 19,29.
Outros vencedores (pista coberta): 60 bar. – João Oliveira (Benfica) 7,94 (7,89 na elim.) e Beatriz Pedro (JOMA) 9,27; altura – Gerson Baldé (Benfica) 2,15 e Lecabela Quaresma (JOMA) 1,62; vara – Chloe Henry (individual) 4,05 (Marta Onofre, Sporting, 3,85); triplo – Ana Oliveira (GA Fátima) 12,97.
Outros vencedores (ar livre): 200 m – Ailton Silva (CA Sintra) 22,39; 800 m – Camila Gomes (Benfica) 2.13,50; disco – Edujose Lima (Sporting) 53,82 e Liliana Cá (N. Luzes) 57,69; martelo – Afonso Jantarada (Benfica) 48,74.
Samuel Barata ganha 5 km
Entretanto, este sábado, no Estádio Universitário, a Associação de Lisboa realizou um denominado “Lisbon Elite Street Race” (sendo o português a nossa língua porquê este estrangeirismo que não passa de moda ridícula?). Vitórias para Samuel Barata (Benfica), que correu os 5 km em 13.58, sete segundos à frente do seu companheiro de equipa Samuel Freire, e para Susana Cunha (RD Águeda, que gastou 16.37, numa prova com apenas três concorrentes.
Muito oportuno o comentário à designação “Lisbon Elite Street Race” – “estrangeirismo que não passa de moda ridìcula”. Na verdade, o recurso crescente, sobretudo por operadores desportivos e por apresentadores de televisão, a estrangeirsmos (geralmente de origem anglo-saxónica), para além de disparatado, torna-se grotesco quando os seus autores, postos a falar português, nos brindam com patacoadas de caixão à cova.