Considerada a mulher mais rápida do Reino Unido aos 25 anos, Dina Asher-Smith prepara-se para disputar pela segunda vez os Jogos Olímpicos, agora em Tóquio. Bronze no Rio de Janeiro em 2016 na estafeta 4×100 m e ouro nos 200 m do Mundial de Doha em 2019, a atleta é uma das apostas da Grã-Bretanha para Tóquio. Entretanto, além dos resultados nas pistas, a britânica também se vê com um outro importante papel no desporto, sendo um dos principais nomes da sua modalidade.
Asher-Smith comentou o seu papel na construção da representatividade negra ao responder se ajoelharia na competição, seguindo os protestos que, desde 2020, têm marcado diversos eventos desportivos.
“Como negra, eu ajoelho-me todos os dias. Mas levanto-me, sou muito autêntica e orgulhosa de quem sou e do que represento e por me destacar e poder ser eu mesma na pista. É isto que eu faço, isto é o que represento quando estou na partida; ali, veem-me como uma mulher negra em toda a minha vibração e glória”, respondeu a sprinter.
Asher-Smith é a única mulher da história do Reino Unido a correr 200 m em menos de 22 segundos, sendo também a recordista dos 100 m. Na conquista do ouro nos 200 m e da prata nos 100 m em Doha, ela conquistou as primeiras medalhas britânicas na velocidade, em 36 anos. No Rio de Janeiro, ela foi quinta classificada nos 200 m e conquistou o bronze na estafeta 4×100 m, vencida pelos Estados Unidos.
A expectativa criada para a sua segunda participação nos Jogos em 2020, foi suspensa devido à pandemia do coronavírus. No entanto, apesar da incerteza que ronda a realização dos Jogos Olímpicos, Asher-Smith reforçou a necessidade de manter o foco para Tóquio:
“Psicologicamente, eu pensei em fechar a porta para 2020 e toda a sua instabilidade e avançar para os próximos quatro anos, que terão grandes campeonatos em cada verão. Mas chamo a isto, um novo ciclo olímpico, um novo começo. Do meu ponto de vista, temos que estar prontos, preparados e focados, pois é para isso que trabalhamos.