A maratonista Florence Jepkosgei Chepsoi é a primeira atleta queniana a ser considerada culpada num tribunal criminal. Ela recebeu uma sentença de um ano de serviços comunitários por falsificar documentos como parte da sua defesa contra acusações de doping. A condenação foi anunciada pela Associação Antidopagem do Quénia (ADAK) em Eldoret.
Nos últimos anos, mais de 65 atletas quenianos foram suspensos por acusações relacionadas com o doping. Só a Rússia tem mais casos de doping.
Como ADAK descobriu a falsificação de documentos
Chepsoi, de de 36 anos, foi originalmente suspensa em 2017 por dois anos por ter recorrido ao medicamento prednisolona para melhorar o seu desempenho. Então, ela apresentou registos médicos falsos que alegou serem do Hospital Uasin Gishu.
“O hospital distrital de Uasin Gishu confirmou que os documentos médicos foram falsificados e que a atleta não foi tratada no referido hospital”, disse a ADAK num comunicado.
Chepsoi tem 2h29m25s como recorde pessoal à maratona, marca feita em 2011. No ano anterior, ela correu a Meia Maratona de Praga em 1h10m28s e foi segunda na Maratona de Jacarta 2019.
Amina Mohmed, ministra do Desporto do Quénia, anunciou em 2019 que o seu ministério estava a preparar uma legislação para tornar o doping no desporto um crime digno de potencial pena de prisão. Desde 2004, cerca de 200 atletas quenianos tiveram resultados positivos.