O estudo investigou as causas de morte durante competições na montanha ao longo de 12 anos
As provas de montanha são cada vez mais populares, com milhares corredores de todo o mundo a testarem-se, em terrenos desafiadores e técnicos.
Essas provas espetaculares, apresentam no entanto, um perigo inerente. Um novo estudo investigou as causas das mortes em provas de montanha na Europa Ocidental, entre 2008 e 2019.
Os investigadores encontraram 51 eventos fatais durante esse período de 12 anos, envolvendo 45 homens (88%) e seis mulheres (12%). A maioria desses incidentes ocorreu durante as provas (69%), com os restantes a ocorrerem durante o treino (25%) e após as provas (6%).
As causas mais comuns da morte, foram a paragem cardíaca (43%), quedas (32%) e hipotermia (4%). Talvez surpreendentemente, o estudo sugere que os corredores de montanha têm mais probabilidade de morrer ao serem atingidos por um raio (4%) do que por ataques de animais (2%).
Os investigadores concluíram: “Perceber todas as causas dos eventos fatais é necessário para instituir esforços preventivos e organizar resgates. Esforços preventivos devem ser implementados pelos organizadores da corrida e pelos próprios atletas, e as equipas de resgate podem ser treinadas e equipadas para lidar com todos esses possíveis eventos. A percentagem relativamente alta de mortes cardíacas súbitas enfatiza a necessidade de exames cardiovasculares pré-participação”.