O Comité Olímpico Internacional anunciou que vai ser aplicada em Tóquio a regra 50 da Carta Olímpica que proíbe protestos em locais olímpicos, instalações ou outras áreas. A decisão levou à revolta de atletas como o sprinter britânico Adam Gemili que em entrevista ao Eurosport, disse que a decisão era “insensível e sem emoção”. Gemili insistiu que os atletas irão protestar de qualquer maneira, apesar da falta de clareza sobre as sanções que poderão enfrentar.
“Achei que era uma decisão sem emoção, que não era sensível ao que estava a acontecer no mundo”.
O COI disse que a sua decisão foi baseada após um inquérito a 3.547 atletas de 185 países. Os resultados do referido inquérito revelaram que 67% apoiavam a proibição de protestos no pódio. No entanto, Gemeli aponta que 30% de opiniões contrárias, é um número substancial, acrescentando que a proibição geral vai contra os valores olímpicos. “Os resultados significam que 30% são a favor do protesto e ter essa liberdade de expressão, é basicamente o que representam os Jogos Olímpicos. Todos estão a tentar concentrar-se no treino, pois é um ano olímpico e os Jogos oferecem uma oportunidade de afetar a mudança com todo o mundo a assistir. E o COI a dizer que não se pode fazer nada!”